O pianista britânico Benjamin Grosvenor vai regressar a Portugal no domingo para um concerto na Casa da Música, no Porto, possuindo, aos 22 anos, uma carreira preenchida de prémios e várias adjetivações de “prodígio” pela imprensa internacional.

Grosvenor começou a tocar piano aos seis anos e ganhou destaque em 2004, quando – com 11 anos – foi finalista do concurso de jovens músicos da BBC e venceu na categoria de teclas, tornando-se, em 2011, no mais jovem solista do festival de música Proms, em Londres.

Por entre comparações com o russo Evgeny Kissin, Grosvenor tornou-se também no mais jovem britânico a assinar com a editora de música clássica Decca e, em simultâneo, o primeiro pianista com origem no Reino Unido a assinar com a editora em 60 anos, segundo a página do próprio.

O programa do concerto na Casa da Música inclui peças de Rameau, César Franck, para além de Chopin e Granados.

“Não sou muito talentoso, musicalmente. Obviamente tenho algum tipo de dom para interpretar música, mas não sou assim tão talentoso”, dizia, em 2011, ao jornal Guardian.

Nessa mesma entrevista, Grosvenor ressalvava não ser “um desses prodígios sobre quem se lê que chegou ao piano e apanhou as melodias”, mas que só se dedicou ao instrumento quando viu os amigos na escola a praticarem e pensou: “Não vão ser melhores do que eu”.

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Numa conversa com o Independent, o pianista explicava que o segredo da sua técnica é apenas a “prática”, considerando “estranho que as pessoas achem incrível” que treine oito horas por dias, porque “a maioria das pessoas noutros empregos trabalham oito horas por dia”.

Para o artista que em tempos gostou de Queen, como revelou ao Daily Mail também em 2011, “é bom ser apreciado”, mas. sendo o seu maior crítico. é difícil apreciar grande parte dos seus trabalhos.

Grosvenor estreou-se em Portugal em 2013 no âmbito do 48.º Festival de Sintra, com um concerto no Palácio Nacional de Queluz.