A instrução do processo ligado à morte de seis jovens na praia do Meco, em dezembro de 2013, prossegue esta terça-feira, no Tribunal de Instrução Criminal de Setúbal, com a inquirição da perita do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Na última sessão, a 6 de fevereiro, foi ouvido um perito do Instituto de Medicina Legal e duas peritas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), uma das quais continuará hoje a depor.

A procuradora do Ministério Público pediu a presença naquele tribunal criminal das duas peritas do IPMA, que analisaram o vestuário de João Gouveia, único sobrevivente da tragédia e que foi constituído arguido na fase de instrução do caso.

Segundo Vítor Parente Ribeiro, advogado da família das vítimas, a procuradora do MP solicitou também informações adicionais por escrito à operadora Vodafone, para tentar esclarecer questões relacionadas com o acionamento de algumas antenas de telemóveis durante a noite em que ocorreu a tragédia com os jovens universitários na praia do Meco, concelho de Sesimbra, distrito de Setúbal.

No início da instrução e na qualidade de arguido, João Gouveia prescindiu de prestar declarações em tribunal. “Durante o inquérito, João Miguel Gouveia falou durante várias sessões, todas elas durante mais de 10 horas”, justificou então a sua advogada de defesa, Paula Brum, assegurando que o inquérito seguiu todas as pistas de investigação e que o arguido não tem nada a acrescentar sobre o processo. Acrescentou que o despacho de arquivamento do inquérito refere “a total inexistência de indícios da prática de qualquer crime”.

Vitor Parente Ribeiro acredita, no entanto, que a fase de instrução poderá esclarecer algumas questões e, eventualmente, abrir caminho à realização de julgamento. A morte dos seis jovens da Universidade Lusófona na praia do Meco, numa noite de inverno, motivou uma discussão pública sobre as praxes académicas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR