A Biblioteca Nacional, em Lisboa, inaugurou, esta terça-feira, às 18h30, uma exposição dedicada à revista Orpheu, comissariada por Richard Zenith. No dia 26 de março de 1915 foi publicado o primeiro número da revista que ficou gravada na história da literatura portuguesa. A mostra pretende comemorar o centenário da publicação que só teve dois números.

De acordo com a página da Biblioteca Nacional, com “Os Caminhos do Orpheu”, assim se chama a exposição, a ideia é dar a conhecer “os caminhos que deram origem à revista, outros caminhos que a cruzaram ou acompanharam, alguns caminhos de continuidade frustrada e os caminhos astrais trilhados no zodíaco”.

Apresentam-se originais de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e outros colaboradores, cartas, publicações da época e obras de artes plásticas de Almada-Negreiros, Santa-Rita Pintor e Amadeo de Souza Cardoso. Destacam-se alguns factos pouco conhecidos e estabelecem-se elos que ajudam a compreender o que foi e o que é a Orpheu.

À época, o jornal O Intransigente publicou a notícia que dava conta da nova revista Orpheu com o título “A Caminho do Manicómio”, em finais de março de 1915. Para a maioria dos críticos, a poesia e a prosa contidas nesta revista de vanguarda eram exemplos de decadência literária. A Orpheu publicou um segundo número, mas o terceiro nunca foi completado. Mas dois números foram suficientes para lançar as bases do Modernismo e influenciar os destinos da literatura portuguesa.

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