Os dados pessoais de Barak Obama, Angela Merkel ou Vladimir Putin andaram a circular livremente. Tudo porque o departamento de imigração australiano revelou informações privadas dos líderes do G20 que estiveram no último encontro em Brisbane, Austrália, aos organizadores do campeonato Asiático de Futebol. E não avisou os visados de que tinha tornado públicos esses dados.

A notícia do jornal britânico Guardian dá conta que um diretor responsável pela concessão de vistos do departamento de imigração pediu ajuda quando soube da fuga. No email que enviou a um comissário australiano responsável pela privacidade, o diretor do departamento de vistos assegurava que a fuga de “informações pessoais”, entre as quais o nome, data de nascimento, título, nacionalidade, cargo, número do passaporte, número de concessão, e o tipo de visto que cada um dos 31 líderes internacionais recebeu, tinha sido causada por um lapso de um funcionário. “A causa da fuga foi um erro humano”, diz o responsável no email.

Erro humano que aconteceu por causa de uma funcionalidade informática. É que o funcionário em causa não prestou a devida atenção ao preenchimento automático no campo do destinatário do email e enviou o correio para quem não devia. E neste caso o destinatário foi o organizador do campeonato asiático de futebol.

Ora, assim que recebeu o email, o destinatário respondeu a dizer que tinha sido engano e o funcionário reportou de imediato ao diretor. Este, por sua vez, veio dizer que não é provável que a informação se espalhe porque o comité de organização do campeonato asiático, o destinatário errado, assegurou que apagou o email com os dados e esvaziou a pasta de ‘lixo’ e que com isto não há ninguém que possa aceder ao conteúdo.

Perante a fuga e o que foi feito para a limitar, o responsável do serviço de imigração considerou que não era necessário avisar os visados, apesar de legislação de vários países o obrigar sempre que estejam em causa dados pessoais de determinadas figuras.

 

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