Tim Cook não faz um simples lamento. Tim Cook diz convictamente que é perigoso. Que corrói as pessoas e as empresas. O assunto? O impacto das recentes leis anti-homossexuais, analisado pelo CEO da Apple num artigo de opinião do Washington Post, que está a correr mundo.

O líder da gigante de tecnologia refere-se à “Lei da Restauração da Liberdade Religiosa” no estado do Indiana (EUA), que permite que os comerciantes se possam recusar a servir clientes homossexuais e aponta também uma lei do Texas, que permite que se possam negar salários ou subsídios aos funcionários que casem com pessoas do mesmo sexo — e esta lei prevalece “mesmo que o estado do Texas termine com a proibição de casamentos gay ainda este ano”, acrescenta Tim. O CEO conta “quase 100 projetos de lei que consagram a discriminação na lei estadual” dos EUA, da “Carolina do Norte ao Nevada”.

Cook já tinha assumido a sua homossexualidade “com orgulho” em outubro do ano passado. Tim revela que foi batizado em criança e que a fé é importante para si. “Não me ensinaram que a religião deve ser usada como uma desculpa para discriminar”, escreve. Aliás, na carta aberta que escreveu na altura, Tim afirmava: “ser gay é uma das maiores dádivas que Deus me deu.”

Tim considera que estas leis estão contra os princípios da fundação dos EUA e podem “apagar décadas de progresso de igualdade”. A mensagem estendeu-se mesmo à empresa que representa. “A nossa mensagem é esta: a Apple está aberta. Aberta a toda a gente, independentemente do sítio de onde vêm, da aparência que têm, da religião que pratiquem ou de quem amem. Nunca vamos tolerar discriminações“.

Afirma que “a discriminação, em todas as suas formas, é má para o negócio” e diz mesmo que o objetivo da empresa é melhorar e dar mais ferramentas à vida de cada cliente. Discriminar é limitar, portanto não condiz com a Apple.”É preciso coragem para nos opormos à discriminação. Está na altura de sermos todos corajosos”.

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