Os controlos de capitais vão ser levantados em Chipre a partir da próxima segunda-feira, anunciou esta sexta-feira o Presidente Nicos Anastasiades. Dois anos depois do pico da crise, “o levantamento das últimas restrições marcam o regresso da confiança ao nosso sistema bancário”, afirma o responsável cipriota.

A limitação que persistia obrigava a um pedido de autorização para as empresas que quisessem enviar grandes quantias para o exterior do país. E só, também, mediante autorização alguém podia viajar para fora de Chipre com mais de 10 mil euros na carteira.

O levantamento desta medida extraordinária, que foi aplicada em abril de 2013, acontece durante um período de grande incerteza em torno da Grécia. O que levou o Presidente cipriota a deixar uma palavra sobre um país com o qual Chipre continua a ter relações económicas importantes: “Queremos esperar que não haja um maior agravamento da crise com a Grécia”, afirmou Nicos Anastasiades, citado pela agência Reuters.

Ainda assim, Anastasiades garante que as ligações entre a banca cipriota e a Grécia, nomeadamente através da dívida pública grega, foram completamente eliminadas desde o auge da crise cipriota, que teve origem com a reestruturação da dívida pública grega (através da troca voluntária de títulos) de 2012.

Os controlos de capitais foram introduzidos com o objetivo de deter a hemorragia de depósitos no sistema financeiro – um problema que está agora a afetar a Grécia – depois de terem sido impostas perdas em depósitos para recapitalizar os bancos cipriotas. Desde então, os controlos de capitais têm sido gradualmente suavizados mas só a partir da próxima segunda-feira deixarão de ser exercidos por completo.

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