Uma singela ida ao supermercado comprova-o facilmente: os produtos sem glúten estão na moda. Já não se dirigem apenas à parte da população com intolerância à substância, mas a um número alargado de pessoas preocupado com a alimentação e a saúde em geral.

É dessa grande tendência — por alguns entendida como uma infundada obstinação, dada a relação de pelo menos 10 mil anos do ser humano com a proteína que se encontra no trigo, no centeio e na cevada — que nasce o Gluten Free Museum. Um site onde um francófono anónimo cumpre a homérica tarefa de retirar de (até agora) uma vintena de imagens, de quadros a fotografias, passando por anúncios e cenas de filmes, todos os produtos que incluem o glúten na sua composição.

Van Gogh, Salvador Dalí fotografado por Robert Doisneau, Andy Warhol, Caravaggio, Vermeer, Quentin Tarantino (Pulp Fiction), Jeff Koons e Matt Groening (The Simpsons) são alguns dos artistas a cujas criações este anónimo artista retirou o glúten. O resultado é, no mínimo, bizarro.

De acordo com a Associação Portuguesa de Celíacos, a intolerância ao glúten é algo que afetará, de acordo com o único estudo feito em Portugal, ente 1% e 3% da população. Existem, no entanto, apenas 10 mil casos diagnosticados, estimando-se assim que haja entre 70 a 100 mil celíacos por identificar no país.

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