Uma “Internet em miniatura”. É assim que um grupo de investigadores da Universidade do Sul da Califórnia (EUA) define o cérebro humano, num estudo publicado esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

O jornal espanhol ABC cita Larry Swanson, um dos autores do estudo, que explica que “a Internet tem inúmeras redes locais, que se conectam às redes regionais e, em última instância, à coluna vertebral da Internet”, acrescentando que “o cérebro funciona de uma maneira semelhante”. Ao criarem um esquema neuronal mais completo, os investigadores podem agora observar a existência de autênticas “redes locais” de neurónios no nosso cérebro.

A descoberta resulta da compilação de dados publicados em artigos científicos ao longo de 40 anos. Segundo o diário espanhol, um outro investigador da mesma universidade, Mihail Bota, criou uma base de dados a partir de mais de 16.000 relatórios de conexões neuronais, que já se encontra disponível gratuitamente na Internet e que tem em conta não só a força das conexões entre neurónios como o nível de credibilidade da informação usada para as descobrir.

Larry Swanson recorda que “os dados sempre existiram. Só se necessitavam de alguém que os compilasse num formato útil”. Assim foi feito, num processo no qual foram aplicadas mais de 4.000 horas de trabalho. O próximo trabalho passará por estender este mapa de conexões neuronais a todo o sistema nervoso.

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