Nélson Oliveira vai defender nos montes do Bom Jesus e do Sameiro, em Braga, entre 26 e 28 de junho, os títulos de campeão nacional de estrada em ciclismo em linha e em contrarrelógio. Os campeonatos nacionais de estrada de ciclismo vão repetir-se em Braga nos próximos dois anos, mas o percurso de 2015 ainda não está completamente definido, apesar de ser certo que passará pelo Bom Jesus e pelo Sameiro.

A dúvida é se o circuito de cerca de 180 quilómetros termina naquele santuário, vários quilómetros sobranceiro à cidade minhota, ou na avenida da Liberdade, no centro da cidade, como na Volta a Portugal do ano passado.

Apesar de ainda não poder confirmar a sua presença por causa dos compromissos da sua equipa, o ciclista dos italianos da Lampre-Merida quer voltar a vestir a camisola de campeão nacional e destacou o facto de ser uma prova para trepadores, opinião corroborada por Joaquim Silva, campeão nacional sub-23 em linha no ano passado. “Certamente será um circuito bastante duro e tem que ser assim para eleger o melhor, esperemos que seja um bom dia de espetáculo”, disse Nélson Oliveira antes da apresentação da prova, na Câmara Municipal de Braga.

O ciclista frisou ainda que “há bons ciclistas nesta zona que treinam aqui diariamente e isso é uma vantagem para eles, seguramente” e recusou o rótulo de favorito porque “é uma corrida de um dia e tudo pode acontecer num dia, é diferente de uma prova por etapas”. “Mas, se cá estiver, gostaria de vestir a camisola outra vez, é sempre uma mais-valia e um enorme orgulho poder levar as nossas cores ao peito pelo mundo fora, mas há muitos ciclistas que querem ganhar”, notou.

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Já Joaquim Silva, que no ano passado se sagrou campeão nacional em linha na categoria de sub-23, vai este ano correr na categoria de elite e disse que o percurso “é para trepadores”, o que o favorece. “Ser campeão nacional uma vez é muito difícil, o que fará duas, ainda por cima num nível superior, há mais adversários, corredores de 30 anos, com muita experiência, mas vou dar tudo por tudo, porque é um sonho vestir esta camisola”, disse.

Para Joaquim Silva, um bom resultado seria sempre entre os três primeiros: “Vou preparar-me para fazer o melhor possível e estar em bom nível na altura, para tentar discutir um bom lugar.” O percurso do contrarrelógio (25 a 30 quilómetros para os sub-23, acima dos 30 quilómetros para os de elite) também ainda não está definido, faltando acertar pormenores com as forças de segurança e a autarquia.

Um dos responsáveis pela organização, o antigo ciclista Joaquim Gomes, disse “esperar três dias de ciclismo ao mais alto nível”. “As expectativas são enormes e queremos voltar a colocar no patamar que merecem os campeonatos nacionais de ciclismo”, afirmou.

Já o presidente da autarquia, Ricardo Rio, disse querer transformar Braga numa “capital do ciclismo”, depois de ter feito regressar a Volta a Portugal à cidade mais de 40 anos depois. “É uma estratégia do município para a área do desporto, que passa pela promoção da prática desportiva dos bracarenses, depois por promover o ecletismo dessa mesma prática e, finalmente, transformar Braga num palco de grandes eventos de nível nacional e internacional”, disse.