Quantos dias são precisos para colmatar a diferença de salário entre homens e mulheres? Esta contagem é feita em cada país e, no dia em que essa diferença fica suprimida, celebra-se o Equal Pay Day (Dia da Igualdade Salarial) — uma batalha que já é antiga, salienta a Time. Nos Estados Unidos celebra-se esta terça-feira, 14 de abril. Ou seja, fazendo o mesmo trabalho durante as mesmas horas, as mulheres americanas tiveram de trabalhar até dia 14 de abril de 2015 para conseguirem ganhar a mesma quantia que os homens ganharam até ao último dia de 2014.

“Este dia simboliza o quanto as mulheres têm de trabalhar durante o ano a mais para ganhar o mesmo que os homens ganharam “, refere o Comité Nacional da Igualdade Salarial americano. A data já existe desde 1996 para “ilustrar o fosso que existe entre os ordenados dos homens e das mulheres”, explica o Comité no site.

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Por cada 1 dólar que os homens americanos recebem, as mulheres recebem 78 cêntimos. A realidade é salientada esta terça-feira pela CNN e motivou uma campanha do projeto He For She, da UN Women, em que é pedido aos homens para se manifestarem pela igualdade salarial.

A Casa Branca também não deixou passar este dia simbólico. Diz a Administração Obama que “está na altura de existir igualdade salarial para as mulheres”. No Twitter, Barack Obama e a sua equipa pedem para partilhar o vídeo que ilustra a situação e sensibiliza para as consequências da desigualdade no que toca à remuneração do trabalho.

Em 2014, por exemplo, Portugal celebrou o Dia da Igualdade Salarial a 6 de março porque, na prática, as mulheres tiveram de trabalhar até 6 de março para ganhar o mesmo que os homens.

Segundo a Comissão Europeia, as mulheres na Europa trabalham em média 59 dias “sem receber salário” — isto porque, em cada dia de trabalho, têm sempre uma lacuna no seu ordenado face ao ordenado do homem. Nesse sentido, o Dia da Igualdade Salarial europeu aconteceu a 28 de fevereiro em 2014 pelo segundo ano consecutivo. Os dias dos próximos anos serão cada vez mais próximos do princípio do ano, à medida que a desigualdade salarial se reduza.