O capitão tunisiano e o seu assistente sírio, sobreviventes ao naufrágio da traineira que se afundou este domingo no Mar Mediterrâneo e que matou pelo menos 800 pessoas, foram detidos por alegadamente pertencerem a uma rede de tráfico humano, escreve o Financial Times.

A policia italiana prendeu os dois sobreviventes, de um total de 27, que sobreviveram ao naufrágio da embarcação que transportava cerca de 800 imigrantes ilegais da costa da Líbia para Itália. As detenções já foram confirmadas pelo ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, e pelo ministro das Infraestruturas, Graziano Delrio.

O capitão e o seu assistente alegadamente pertenciam a uma rede de tráfico humano que teria organizado a viagem fatal com rumo a Itália, conta o The Guardian. Os restantes 25 imigrantes saíram em liberdade após terem sido identificados e estão agora a aguardar asilo.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR) confirmou esta terça-feira foram 800 os imigrantes que morreram no naufrágio da traineira, ocorrido no domingo, depois de falar com os sobreviventes do desastre. A bordo iam crianças com idades entre 10 e 12 anos.

A maioria dos sobreviventes chegou ao porto de Catania, no sul da Sicília, por volta da meia-noite (23h00 de segunda-feira em Lisboa).

Federica Mogherini, alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, defendeu esta segunda-feira que os governos europeus devem estabelecer um conjunto de ações para proteger os imigrantes no Mediterrâneo. Os ministros dos Negócios Estrangeiros reuniram-se esta segunda-feira no Luxemburgo para discutir a situação.

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