Quem disse isto?
António Sampaio da Nóvoa apresentou a sua candidatura esta quarta-feira e, no discurso que fez, garantiu que não ia ser “um espectador impávido perante a degradação do país”. Num momento emotivo em que encheu o Teatro da Trindade, declarou ainda que não permitirá “que o país seja dominado por corporações ou interesses ilegítimos”.
Numa análise ao discurso, verifica-se que as preocupações mais repetidas pelo candidato e ex-reitor da Universidade de Lisboa têm a ver com os portugueses, o futuro e Portugal. Curiosamente, a palavra “podemos” aparece no top pois tornou-se uma espécie de slogan de Nóvoa.
E quem disse isto?
Henrique Neto, empresário e ex-deputado do PS, foi o primeiro a apresentar-se ao eleitorado. Escolheu o Padrão dos Descobrimentos para se lançar à aventura com um discurso pragmático em que criticou o Governo e a troika e não se coibiu de falar também como empresário. “Nos últimos anos assisti revoltado à quase destruição da classe média, ao empobrecimento das famílias portuguesas e a um ataque insensível e sem sentido às pessoas que trabalham, aos funcionários públicos e aos reformados”, declarou.
O socialista considerou ter chegado “a hora da verdade e da coragem, da lucidez e da experiência se darem as mãos, para levar a cabo a transformação necessária e mudar o que tem de ser mudado e que os portugueses reclamam”. Uma dessas mudanças é a do tecido empresarial do país. Outra é a melhoria da qualidade de vida dos portugueses, afetados pelas políticas de austeridade.
E quem disse isto?
“Os governantes mentem todos os dias, enquanto o povo tem sede de uma justiça que nunca chega”, afirmou Paulo Morais na apresentação da sua candidatura no Porto. O ex-vice-presidente da Câmara do Porto faz da luta contra a corrupção uma das suas bandeiras políticas há vários anos e o discurso com que se apresentou à corrida eleitoral refletiu isso mesmo.
Segundo Paulo Morais, “os partidos do poder transformaram os processos eleitorais em circos de sedução em que acaba por ganhar quem é mais eficaz a enganar os cidadãos. As eleições transformaram-se assim em concursos para a escolha do maior mentiroso. E o troféu em jogo neste concurso é a chefia do Governo”. Sobre os deputados à Assembleia da República, disse mesmo que se “entretêm apenas a fazer negócio” e que “largas dezenas” acumulavam funções parlamentares com a de gestores, diretores, administradores ou consultores de grupos económicos “que beneficiam de muitos favores do Estado”.