Portugal terminou este domingo os Europeus de canoagem, em Racice, na República Checa, com duas medalhas, a dos olímpicos K1 (bronze) e K4 1.000 (prata), com um conjunto de resultados animadores para o apuramento olímpico, em agosto em Milão, Itália.

A prata do K4, composto por Fernando Pimenta, João Ribeiro, Emanuel Silva e David Fernandes, e o bronze de Fernando Pimenta em K1 abrem boas perspetivas para a qualificação olímpica, tal como os restantes resultados de uma seleção que em 11 provas disputou 10 finais.

A consistência de resultados revelou ainda duas jovens surpresas, o K2 200 de Francisca Laia e Maria Cabrita (20 e 22 anos) e o C2 de Bruno Afonso e Nuno Silva (21 e 22 anos).

As primeiras foram oitavas com prejudicial vento de frente, enquanto eles, especialistas nos 1.000, atingiram honroso quinto lugar nos 200, perante duplas bem mais experientes e com frequências bem mais aceleradas de pagaiada.

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Hoje, o K4 1.000 mostrou estar na forma habitual – em oito competições ao longo dos anos, foi a sete pódios – e só perdeu para a República Checa, que lhes ‘roubou’ o título mundial em Moscovo em 2014 e agora, em casa, voltou a ser um pouco mais forte.

O quarteto tem composto a tripulação portuguesa claramente mais consistente em termos de resultados internacionais e hoje falhou o ouro por apenas 872 milésimos de segundo, depois de 2.58,152 de prova: o bronze foi para a Espanha.

Teresa Portela defendia o bronze em K1 200 e 500, mas os seus inícios de época são sempre aquém do seu potencial, que cresce com a sucessão de provas, ao jeito do que é preciso para Milão, de 20 a 23 de agosto com o apuramento para os Jogos Olímpico Rio2016.

Começou com o oitavo lugar em K1 500 em prova ganha pela polaca Ewelina Wojnarowska, tendo vomitado no fim da regata, e, apenas três horas depois, mais de acordo com o seu valor, atingiu o quinto lugar nos 200, com 41,996, a apenas 1,016 do ouro da francesa Sarah Guyot.

Hélder Silva tinha a ‘responsabilidade’ do bronze europeu da época passada e fez uma prova ao melhor nível, mas, neste caso, sofreu com os ventos da direita, quando é esquerdino e as canoas não têm estabilizador, ao contrário dos caiaques.

Em prova com todos os melhores do mundo nas canoas, o GNR mostrou estar em bom nível, com o selecionador Ryszard Hoppe a revelar que irá “trabalhar melhor as partes finais” com o seu pupilo.

Depois do bronze em K1 1.000 e da prata no K4 1.000, Fernando Pimenta ainda foi fazer o K1 5.000, mas pagou o esforço e, sob condições ventosas, terminou no sétimo lugar.

Em 2014, Portugal teve um recorde de seis medalhas – um ouro e cinco bronzes -, mas estes foram os Europeus mais prematuros da história, com todas as atenções focadas em agosto.