Uma exposição dedicada à pintora Josefa de Óbidos, com mais de 130 peças de pintura, escultura e artes decorativas, vai estar patente ao público, a partir de 16 de maio, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
As peças são provenientes de várias instituições nacionais e internacionais, como os museus do Prado, em Madrid, e de Bellas Artes de Sevilha, bem como o Mosteiro do Escorial, situado perto da capital espanhola.
Na exposição, que vai estar patente até 06 de setembro, segundo informação divulgada pelo Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), estarão também obras que pertencem a coleções privadas, portuguesas e estrangeiras.
A pintora Josefa de Ayala Figueira – mais conhecida por Josefa de Óbidos – nasceu em 1630, em Sevilha, Espanha, e faleceu em 1684, em Óbidos, Portugal, com 54 anos.
“Ao longo de quase quatro décadas, Josefa de Óbidos criou algumas das imagens mais reconhecíveis da História da Arte portuguesa”, sublinham os comissários – Joaquim Oliveira Caetano, Anísio Franco, José Alberto Seabra Carvalho – numa nota sobre a exposição.
Acrescentam ainda que a pintora é “fascinante pela sua condição de género mas também pela individualidade do seu percurso artístico”, e esta exposição” desvenda, em oito núcleos, o Barroco português nos anos que se seguiram à Restauração da Independência”.
O MNAA justifica que esta revisitação da obra da artista visa “mostrar a um novo público as suas pinturas, muitas em coleções privadas, e voltar a interrogar essas obras à luz dos contributos críticos entretanto colhidos, em exposições nacionais e internacionais onde a presença da pintora foi particularmente forte”.
Outro objetivo é “afastar de Josefa o mito da artista curiosa, porém provinciana, e apresentá-la como uma mulher emancipada e culta, cuja fé reflete a espiritualidade do século XVII, e como o mais eficaz e reputado expoente do Barroco português no ciclo que se seguiu à Restauração”.
Esta exposição, segundo o MNAA, será feita em parceria com a produtora de espetáculos Ritmos, que organiza o festival de música Paredes de Coura.
Desde o início de abril que o MNAA passou a abrir ao público às terças-feiras de manhã, segundo decisão da direção desta entidade tutelada pela Direção-Geral do Património Cultural (DGCP).
No ano passado, o MNAA foi o mais visitado dos museus nacionais, na tutela da DGCP, com 221.675 entradas.