“Muitas pessoas apresentam uma doença terrível. É uma doença com um período de recuperação muito longo e os riscos de recaída são muito elevados. Mas o Laboratório Veritas descobriu e desenvolveu um novo fármaco capaz de curar essa doença terrível e altamente contagiosa. A sua administração é muito fácil e não apresenta nenhum efeito secundário. O princípio ativo desse medicamento é altamente recomendado”.
Essa “doença” chama-se corrupção e foi desta forma, num vídeo feito em jeito de campanha publicitária a um suposto novo medicamento, que um grupo de alunos do 7º. ano (da turma D) do Externato Infante D. Henrique, de Braga, se candidatou ao concurso “Imagens Contra a Corrupção” – e ganhou na categoria de alunos do 3º. ciclo. O concurso, que escolhe os melhores vídeos e imagens de campanha contra a corrupção feitos por alunos de todo o país é promovido pelo Conselho de Prevenção da Corrupção (Tribunal de Contas), em coordenação com o Ministério da Educação, e está este ano na sua terceira edição.
O vídeo vencedor pode ser visto aqui.
Na categoria de Ensino Secundário, o projeto vencedor foi o dos alunos da turma E do 12º. ano da Escola Secundária de Bocage, em Setúbal. Num tom mais sóbrio, os jovens setubalenses realizaram um pequeno vídeo com uma mensagem clara: “Como cidadão diz não à corrupção”, onde se podem ver várias mãos, hesitantes, a retirar pedaços de uma nota de 10 euros, até não sobrar nada.
No final, os jovens avançam com um dado: “A ONU estima que o dinehiro que é roubado por meio de corrupção a cada ano é suficiente para alimentar 80 vezes mais todas as pessoas do mundo”.
O vídeo premiado pode ser visto aqui.
Além destes prémios, o Tribunal de Contas distingue esta quarta-feira outros três vídeos: do Agrupamento de Escolas de Seia (12º Ano – Turma E), da Escola Secundária de Caldas das Taipas (12º Ano – Turma J) e do Externato Infante D. Henrique (12º Ano – Turma Profissional de Multimédia), que são recebem menções honrosas.
Ao Observador, o presidente do Tribunal de Contas e do Conselho de Prevenção da Corrupção, Guilherme d’Oliveira Martins, afirma que a iniciativa é “considerada por instâncias internacionais, como a Organização das Nações Unidas, um exemplo no que toca à motivação dos jovens estudantes para a prevenção como elemento essencial na formação cívica”.
“Trata-se de promover uma nova atitude no domínio da ética e da cidadania – de modo que a prática pedagógica de alunos, professores e comunidade educativa se faça de uma forma pró-ativa, centrada no exemplo e na experiência e não numa lógica burocrática e formalista. Prevenir a corrupção é estar atento e aprender”, acrescenta o presidente do Tribunal de Contas.
O vídeo vencedor da edição de 2013/2014, realizado por um grupo de alunos do curso profissional de Multimédia do Externato Infante D. Henrique, de Braga, tem estado inclusivamente em destaque na página da ONU. É este: