Aconteceu no decurso de uma entrevista dada a jornalistas no estado do Nevada. Veio a pergunta e Jeb Bush deixou escapar a aguardada (mas comprometedora) frase: “Vou-me candidatar à presidência em 2016“. Logo de seguida, o ex-governador do estado da Florida reformulou o que disse, afirmando que “se eu concorrer…”, dando a entender que ainda não teria decidido se iria de facto concorrer à Casa Branca em 2016.

Vou concorrer à presidência em 2016, e o enfoque vai ser como é que, se eu concorrer, se irá criar um elevado crescimento económico sustentável”, afirmou Jeb Bush.

O momento ficou registado em vídeo:

Na sequência da inadvertida fuga de palavras, o irmão mais novo do ex-Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e filho de outro ex-Presidente, George H. W. Bush, fez questão de garantir aos repórteres que ainda não era candidato oficial na corrida à Casa Branca em 2016:

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“Não, eu não sou um candidato oficial. Tenho estado a viajar pelo país durante os últimos três meses enquanto me preparo a minha decisão, enquanto tento determinar o apoio que terei caso siga em frente [com a candidatura]”, afirmou.

Em dezembro, Jeb Bush escreveu na rede social Twitter que: “Estou entusiasmado por anunciar que irei ativamente explorar a possibilidade de concorrer a Presidente dos Estados Unidos”.

Se o vai realmente fazer, parece que ainda não foi desta que o anunciou oficialmente. 

No mesmo dia, Jeb Bush foi alvo de uma confrontação constrangedora: “O seu irmão criou o ISIS“, acusou Ivy Ziedrich, uma estudante de Ciência Política de 19 anos, segundo o New York Times. O incidente ocorreu enquanto outros participantes pediam autógrafos depois de Bush ter terminado uma conferência, altura em que a estudante da Universidade do Nevada gritou: “Governador Bush, aceita responder a uma pergunta de uma aluna?”.

https://www.youtube.com/watch?v=oqB4UpT0Z24

Após se ter identificado, Ivy Ziedrich afirmou que teria ouvido o ex-governador afirmar que a retirada dos Estados Unidos do Médio Oriente durante o mandato de Barack Obama teria contribuído para o aumento do poder do grupo terrorista Estado Islâmico, que domina atualmente territórios da Síria e do Iraque. A aluna disse também que considerava a afirmação errada e que a culpa teria sido do Governo do seu irmão, George W. Bush.

Jeb Bush afirmou que “discordava” da opinião de Ivy Ziedrich. “Quando saímos do Iraque havia alicerces de segurança, a Al Qaeda tinha sido removida. Havia um sistema frágil que poderia ter sido fortalecido para eliminar a violência sectária.” Bush acabou por dizer: “pode reescrever a História como quiser, mas o facto é simples: estamos numa situação muito mais instável porque a América se retirou”.

Na rede social Twitter, a jovem ativista mostrou-se frustrada “por ver os políticos a ignorar as origens dos nossos conflitos no exterior e usar os seus inimigos atuais como desculpas para criar novos”.

https://twitter.com/IvyZied/status/598558683182694400

Ivy Ziedrich também se mostrou indignada por os “candidatos à presidência falarem em pequenos eventos” para onde é necessário comprar bilhete “em vez de falarem em eventos para estudantes universitários, envolvendo-os”.

https://twitter.com/IvyZied/status/598558949730750464