Está a ser desenvolvido um protótipo de um selo que se coloca na pele e transmite pensamentos e emoções sem fios. A ideia é de John Rogers, professor da Universidade de Illinois, que está a trabalhar na área de sensores que passam a fazer parte da pele humana. A ideia é monitorizar dados fundamentais do biorritmo humano e também transmitir pensamentos e emoções. Esta tecnologia, que se baseia num selo de ouro com poucos centímetros, é revolucionária porque permitirá fazer o que até agora implicava um capacete cheio de eletrodos que tinha fortes limitações ao uso.
Há duas lógicas clínicas imediatamente aplicáveis para esta tecnologia: uma consiste na verificação das ondas cerebrais de pacientes epiléticos, para sinalizar a iminência de ataques; outra é a monitorização de padrões de sono para encontrar desordens no ciclo normal de repouso. À CNN, Rogers assumiu que “faz sentido buscar a integração total entre a eletrónica e a biologia.”
O laboratório de Rogers tem trabalhado nesta área de Biostamps desde 2010, ano em que lançou os primeiros selos capazes de controlar funções vitais do ser humano. Esse modelo já deu origem a mais de cem patentes e a várias empresas que aplicam esta tecnologia. Um dos primeiros modelos consiste numa pequena tatuagem dourada que se aplica na superfície do coração para verificar batimentos cardíacos, funcionamento dos músculos e do cérebro, como se vê neste vídeo.
Este é mais um passo no caminho da fusão entre o corpo humano e a tecnologia eletrónica, movimento conhecido como singularidade. Esta será a época em que a inteligência se tornará cada vez menos biológica, aproximando o homem da fusão com a máquina. Isso permitirá que a inteligência seja mil milhões de vezes mais poderosa do que é hoje, aumentando exponencialmente a velocidade da evolução. É para aqui que apontam vários estudos científicos, que pegaram em ideias próprias da ficção científica e que hoje são cada vez mais dadas como inevitáveis.