A coligação PSD/CDS-PP tenciona apresentar “brevemente” as bases programáticas com que se apresentará às legislativas e o programa eleitoral “mais no final do mês de junho”, afirmou, esta quarta-feira, o porta-voz dos sociais-democratas, Marco António Costa.

“Nós tencionamos apresentar brevemente as bases programáticas, estão a ser trabalhadas com toda a serenidade, e o programa definitivo mais no final do mês de junho, depois de um trabalho de debate com a sociedade portuguesa”, declarou Marco António Costa, numa conferência de imprensa conjunta com o vice-presidente do CDS-PP Pedro Mota Soares, na sede nacional dos centristas, em Lisboa.

O porta-voz e vice-presidente do PSD contestou que a coligação entre sociais-democratas e centristas esteja atrasada em relação a outras forças políticas no que respeita à apresentação das suas linhas programáticas, e sustentou, pelo contrário, que foram “os primeiros a apresentar um programa e um projeto”: o Programa de Estabilidade que o Governo submeteu a Bruxelas.

“Nós fomos os primeiros a apresentar um programa e um projeto. O Programa de Estabilidade que foi apresentado pelo Governo não é um documento que seja órfão. É um documento que mereceu a vinculação dos dois partidos da maioria, a vinculação total a esse documento. E, portanto, nós fomos os primeiros, com clareza e transparência, a apresentar aquilo que considerávamos que eram as linhas mestras de um programa futuro e que mais do que o aprovar no Governo e discutir na Assembleia da República fizemos questão, os dois partidos, de publicamente o vincularmos a ele e enviarmos para Bruxelas”, disse.

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Marco António Costa adiantou ainda que a coligação PSD/CDS-PP estima uma poupança de 40% (cerca 1,8 milhões de euros) face às legislativas de 2011, em que gastaram aproximadamente 4,6 milhões de euros.

De acordo com Mota Soares, será uma “campanha poupada e pela positiva”. “O país viveu tempos muito difíceis, temos de ter uma atitude de respeito pelos portugueses que fizeram sacríficos e passaram por tempos difíceis. Para esclarecer as pessoas n é preciso muita propaganda. Aliás, já passaram os tempos de quem fazia propaganda, vendia ilusões, mas que se vinham a verificar impossíveis”, declarou Mota Soares.

Questionados relativamente à utilização de ‘outdoors’, foi Marco António Costa quem respondeu, afirmando que está no terreno “uma rede muito diminuta de ‘outdoors'”.

“Nós sentimo-nos inferiorizados pelo pequeno número de ‘outdoors’ que temos pelo país face a outros partidos mas estamos satisfeitos com esse nosso sentimento de inferioridade”, acrescentou Marco António Costa.

O dirigente social-democrata e o dirigente centrista falaram tendo como fundo um painel com as cores da bandeira nacional, com os símbolos de ambos os partidos, e em que se lia a frase “Portugal no caminho certo”.