O estudo, publicado quinta-feira no site Plos One, analisa as lesões mortais ao crânio sofridas por um dos mortos encontrados em Sima dos Ossos, em Atapuerca, na província espanhola de Burgos, um local onde continuam a ser encontradas novas informações que pouco a pouco ajudam a reconstruir a evolução humana.

O crânio em causa foi recuperado junto aos restos mortais de mais 27 pessoas em escavações que foram realizadas entre 1990 e 2010, tendo os investigadores concluído que todos pertencem ao mesmo grupo e que tinham 430.000 anos – o que significa que viveram no Plistoceno, uma era geológica caracterizada por sucessivas glaciações.

Os restos mortais estavam enterrados todos juntos, um facto que durante décadas gerou um dos maiores debates da pré-história mundial. Para a equipa de Atapuerca – que junta investigadores de várias universidades espanholas, do Centro Misto de Evolução e Comportamentos Humanos, da Fundação Basca para a Ciência e de outros centros de investigação de Paris, Pequim e Nova Iorque – esta acumulação de cadáveres pode considerar-se como o primeiro indício de um enterro ou ato funerário.

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