Sem surpresa, na Google. De acordo com um estudo produzido pela National Society of High School Scholars (NSHSS) – uma empresa que analisa e e reconhece as melhores instituições académicas de ensino secundário no mundo -, a Google é o primeiro lugar para trabalhar de acordo com as preferências dos estudantes.

Esta investigação existe desde 2008, mas os resultados de 2015 acabaram de ser conhecidos: foram 18 mil os estudantes entre os quinze e os vinte e nove anos que foram questionados via e-mail sobre os locais e empresas onde preferiam ter um posto de trabalho e as respostas não surpreenderam.

Vai encontrar demasiadas nomes americanos. É natural: embora a NSHSS atue em 160 países, 96% dos inscritos são estudantes dos EUA. E nem todos podem fazer parte do milhão de membros da empresa: os professores e tutores das escolas secundárias nomeiam os melhores alunos, que devem ter notas superiores a 3,5 numa escala de cinco.

Em segundo lugar surge a Walt Disney Company, a empresa de produções animadas que nasceu em 1923. A medalha de bronze vai para o St. Jude Children’s Research Hospital, um centro de tratamento para crianças que sofrem de doenças muito graves no Tennessee (Estados Unidos).

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O maior número de entradas foi mesmo para as empresas do ramo da saúde. Só nas primeiras dez companhias preferidas para trabalhar existem quatro com serviços médicos: um deles engloba os “hospitais locais”.

De acordo com as declarações CEO da NSHSS, James Lewis, à Forbes, a “geração milénio” – também chamada de Geração Y — que inclui a todos os nascidos entre 1980 e meados de 1990, sente gosto em “ajudar os outros”. Daí a preferência pelo ramo da saúde.

Os departamentos de segurança governamentais também ficaram bem colocados: no top 10 surgem a Federal Bureau of Investigation (FBI) e a Central Intelligence Agency (CIA), e nos lugares número 18 e 19 cabem o Departamento de Estado e a National Security Agency (NSA). No lugar número 21 está a Força Aérea americana. Estes dados acabaram por surpreender, face às polémicas em redor de algumas destas instituições, devido às questões da vigilância e proteção de dados. Mas o presidente da NSHSS justifica a eleição com o 11 de setembro, que teve impacto no crescimento da Geração Y: “Eles querem proteger o nosso país, entrar nele e resolver o problema”.

Neste contexto, também é de sublinhar as boas posições das empresas de Internet e tecnologia. A Apple está em quarto lugar, enquanto a rival Microsoft surge três posições abaixo. Se olhar para a lista de 25 empresas preferidas, também encontra a Amazon (11º. lugar), a Sony logo a seguir e a Intel na penúltima posição.

O estudo também permitiu saber quais as características do emprego que mais influência têm na hora de escolher uma empresa para trabalhar. Setenta e dois por cento procuram saber se as políticas da companhia são justas para os empregados, enquanto uma percentagem semelhante se preocupa com salários e flexibilidade de horários. Menos de um terço preocupa-se com o prestígio.

No comunicado de imprensa da NSHSS, estes dados são importantes porque espelham as preferências da “maior geração no mercado de trabalho” e que, por isso, “terão mais impacto no futuro da economia global”.

De acordo coma Ivey Business Journal, como a geração Y é capacitada de “memória organizacional, otimismo e uma predisposição para trabalhar por longas horas”, também tem maiores hipóteses de ter sucesso em empresas com grande organização hierárquica.

A seu favor esta geração tem ainda um percurso académico mais desenvolvido, um conhecimento multifacetado e uma grande confiança nas suas capacidades. Gosta de trabalhar em grupo e consegue equilibrar os laços sociais que daí decorrem com a rapidez que precisa para apresentar resultados. E isto obriga as empresas preferidas por geração a adequar as suas políticas de funcionamento de modo a beneficiar da motivação dos jovens Y.