DESENHO A 12º ANO

Esta é a correção do exame de Desenho A que os alunos do 12º ano tiveram de preencher. Os critérios completos podem ser consultados aqui. O enunciado está neste link.

Grupo I

Resposta correta Pontuação
1 50 no total
Materiais e instrumentos 20
Utiliza apenas grafite.
Aplica o potencial expressivo do meio atuante.
Adequa a dureza da grafite ao tipo de traçado pedido.
Risca e/ou mancha com segurança, fluidez e desenvoltura.
Produz linhas contínuas ou interrompidas, intencionais e bem definidas.
Varia a pressão exercida sobre o riscador de modo a produzir diferentes espessuras, intensidades de linha e densidades de mancha ou trama.
20
Nível intercalar 17
Utiliza apenas grafite.
Adequa a dureza da grafite ao tipo de traçado pedido.
Risca e/ou mancha com hesitação.
Produz linhas contínuas ou interrompidas, nem sempre bem definidas.
Não produz diferentes espessuras ou intensidades de linha ou diferentes densidades de mancha ou de trama.
14
Nível intercalar 11
Utiliza apenas grafite.
Risca e/ou mancha com dificuldade.
Produz linhas pouco definidas.
Não produz diferentes espessuras, nem intensidades de linha, nem produz diferentes densidades de mancha ou de trama.
8
Montagem executada e volume 20
Dobra todos os vincos predefinidos e executa um registo à mão livre de cada modelo. Transmite adequadamente a morfologia geral, as proporções e a tridimensionalidade de cada modelo. 20
Nível intercalar 17
Executa um registo à mão livre de cada modelo.
Apresenta imprecisões no registo da morfologia geral, das proporções ou da tridimensionalidade de cada modelo.
14
Nível intercalar 11
Executa um registo à mão livre de cada modelo.
Apresenta erros no registo da morfologia geral, das proporções e da tridimensionalidade de cada modelo.
OU
Executa apenas o registo à mão livre de dois modelos, com algumas imprecisões.
8
Práticas de ocupação de página 10
Dimensiona corretamente os três registos, sem os sobrepor, e ocupa de forma equilibrada o espaço livre da folha de prova. 10
Não dimensiona corretamente os três registos, mas ocupa de forma equilibrada o espaço livre da folha de prova.
OU
Dimensiona corretamente os três registos, mas não ocupa de forma equilibrada o espaço livre da folha de prova.
5
2 60 no total
Materiais e instrumentos 25
Utiliza apenas lápis de cor, sem aguarelar.
Aplica o potencial expressivo do meio atuante.
Risca e mancha com segurança, fluidez e desenvoltura.
Produz linhas contínuas ou interrompidas, intencionais e bem definidas.
Varia a pressão exercida sobre o riscador, de modo a produzir diferentes espessuras e intensidades de linha e diferentes densidades de mancha ou de trama.
25
Nível intercalar 21
Utiliza apenas lápis de cor, sem aguarelar.
Risca e mancha com hesitação.
Produz linhas contínuas ou interrompidas, nem sempre bem definidas.
Não produz diferentes espessuras ou intensidades de linha ou diferentes densidades de mancha ou de trama.
17
Nível intercalar 13
Utiliza apenas lápis de cor, sem aguarelar.
Risca e mancha com dificuldade.
Produz linhas pouco definidas.
Não produz diferentes espessuras nem intensidades de linha, nem produz diferentes densidades de mancha ou de trama.
9
Morfologia geral, proporções, volume, profundidade, claro/escuro e diferenças de cor 30
Executa uma representação à mão livre da composição, incluindo obrigatoriamente a totalidade da base.
Respeita a morfologia geral e as proporções de cada elemento.
Transmite adequadamente o volume e a profundidade da composição.Faz uma representação coerente do claro/escuro. Respeita as diferenças de cor de cada modelo e da base.
30
Nível intercalar 25
Executa uma representação à mão livre da composição, incluindo obrigatoriamente a totalidade da base.
Apresenta imprecisões no registo da morfologia geral, das proporções, do volume ou da profundidade.A representação do claro/escuro não é totalmente coerente. Respeita as diferenças de cor de cada modelo e da base.
 20
Nível intercalar 15
Executa uma representação à mão livre da composição.
Apresenta erros no registo da morfologia geral, das proporções, do volume ou da profundidade.
10
Práticas de ocupação de página 5
Adequa a dimensão do registo à técnica utilizada e ocupa de forma equilibrada o espaço livre da folha de prova. 5
Adequa a dimensão do registo à técnica utilizada, mas não ocupa de forma equilibrada o espaço livre da folha de prova.
OU
Não adequa a dimensão do registo à técnica utilizada, mas ocupa de forma equilibrada o espaço livre da folha de prova.
3

Grupo II

Resposta correta Pontuação
1 90 no total
Materiais e instrumentos 20
Utiliza apenas tinta-da-china.
Adequa e aplica o potencial expressivo do meio atuante.
Risca e/ou pinta com segurança, fluidez e desenvoltura.
Produz linhas contínuas ou interrompidas, intencionais e bem definidas. Adequa o meio atuante às densidades de mancha pretendidas.
20
Utiliza apenas tinta-da-china.
Risca e/ou pinta com hesitação.
Produz linhas contínuas ou interrompidas, nem sempre bem definidas. Adequa o meio atuante às densidades de mancha pretendidas.
16
Utiliza apenas tinta-da-china.
Risca e/ou pinta com hesitação.
Produz linhas contínuas ou interrompidas, nem sempre bem definidas.
Nem sempre adequa o meio atuante às densidades de mancha pretendidas.
12
Utiliza apenas tinta-da-china.
Risca e/ou pinta com dificuldade.
Não adequa o meio atuante às densidades de mancha pretendidas.
8
Estudo do contexto e estudo de formas 20
Transfere a imagem da Figura 1, mantendo a morfologia geral e as proporções dos diferentes elementos.
Adiciona uma figura humana.
Respeita a anatomia e as corretas proporções do corpo humano, assim como a sua escala em relação aos objetos da figura.
20
Transfere a imagem da Figura 1, mantendo a morfologia geral e as proporções dos diferentes elementos.
Adiciona uma figura humana.
Não respeita a anatomia e as corretas proporções do corpo humano ou não respeita a sua escala em relação aos objetos da figura.
16
Transfere a imagem da Figura 1.
Adiciona uma figura humana.
Não respeita a anatomia e as corretas proporções do corpo humano nem a sua escala em relação aos objetos da figura.
12
Transfere a imagem da Figura 1. Não adiciona uma figura humana. 8
Transformação – gráfica e invenção  20
Recorre a um processo de ampliação para transferir a imagem.
Evidencia capacidade de síntese e invenção na personagem criada, no modo como a insere na composição e como a relaciona com o globo, o livro ou ambos.
20
Recorre a um processo de ampliação para transferir a imagem.
Evidencia capacidade de síntese e invenção na personagem criada, no modo como a insere na composição ou como a relaciona com o globo, o livro ou ambos.
16
Recorre a um processo de ampliação para transferir a imagem.
Não evidencia capacidade de síntese e invenção na personagem criada, nem no modo como a insere na composição nem como a relaciona com o globo, o livro ou ambos.
12
Recorre a um processo de ampliação para transferir a imagem.
Não cria uma nova personagem.
OU
Não recorre a um processo de ampliação para transferir a imagem, mas evidencia capacidade de síntese e invenção na personagem criada, no modo como a insere na composição e como a relaciona com o globo, o livro ou ambos.
8
Organização dinâmica, efeitos de cor e práticas de ocupação de espaço 20
Organiza o registo de acordo com o espaço do retângulo de 21 cm × 30 cm. Aplica mancha e/ou trama coerente com a transmissão adequada dos volumes. 20
Não organiza o registo de acordo com o espaço do retângulo de 21 cm × 30 cm. Aplica mancha e/ou trama coerente com a transmissão adequada dos volumes. 16
Organiza o registo de acordo com o espaço do retângulo de 21 cm × 30 cm. Aplica mancha e/ou trama incoerente com a transmissão adequada dos volumes. 12
Organiza o registo de acordo com o espaço do retângulo. Não aplica mancha nem trama. 8
Adequação 10
A formulação gráfica apresentada é coerente no conjunto dos elementos que a constituem e adequada ao que é pedido no enunciado. 10
A formulação gráfica apresentada revela alguma coerência no conjunto dos elementos que a constituem e alguma adequação ao que é pedido no enunciado. 5

HISTÓRIA A 12º ANO

Mais um exame de 12º ano resolvido, desta feita o referente a História 12º ano. Os critérios do IAVE estão aqui, enquanto o enunciado pode ser encontrá-lo neste link.

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Grupo I

Versão 1 Versão 2 Pontuação
1 (C) (A) 5
2 (B) (D) 5
3 (A) (B) 5
4 (D) (C) 5

Grupo II

Versão 1 Versão 2 Pontuação
1 (D) (B) 5
2 20
R.
  • existência de trabalho precário e de desemprego OU dependência total da venda da força de trabalho («Já não existem aqui [Grã-Bretanha], como nos países continentais, grandes classes de camponeses e de artesãos, quase igualmente dependentes da sua propriedade e do seu trabalho.» OU «Na Grã-Bretanha ocorreu um divórcio completo entre a propriedade e o trabalho.») (doc. 1);
  • exploração do trabalho feminino, recebendo as mulheres salários correspondentes a cerca de metade dos auferidos pelos homens;
  • exploração do trabalho infantil, podendo as crianças desempenhar tarefas de risco OU ser vítimas de maus tratos OU receber salários muito baixos;
  • cumprimento de horários de trabalho muito longos;
  • ausência de condições de segurança no local de trabalho OU frequência de acidentes de trabalho;
  • falta de condições de salubridade e de higiene nas fábricas;
  • sujeição a doenças causadas pelo manuseamento de substâncias perigosas;
  • inexistência de regalias sociais, como o direito a férias (OU outro exemplo);
  • inexistência de mecanismos de assistência social, em caso de doença (OU de velhice OU de desemprego);
  • confinamento a áreas habitacionais afetadas pela proximidade de instalações industriais OU vida em habitações com escassez de luz e com deficientes condições de higiene;
  • generalização,decorrentedosbaixossalários,desituaçõesdemánutriçãoedefomeOUdacondição de «miséria» (doc. 1);
  • degradação de comportamentos morais e sociais (alcoolismo OU violência doméstica OU outro exemplo).
3 Internacionalismo Proletário OU Internacionalismo. 5
4 10
Apresenta duas das afirmações. 10
Apresenta apenas uma das afirmações. 5
R.
  • «as classes trabalhadoras da Grã-Bretanha são chamadas a agir como líderes no grandioso movimento que deve culminar na absoluta emancipação do trabalho.»;
  • «Têm de libertar das amarras infames do monopólio a capacidade de produção de riqueza, sujeitando-a ao controlo coletivo dos produtores»;
  • «As classes trabalhadoras, para terem êxito, não querem a força, mas a organização da sua força comum, a organização das classes trabalhadoras.».

Grupo III

Versão 1 Versão 2 Pontuação
1 (B) (C) 5
2 25
  • [Tema] enquanto o documento 1 – obra de Manuel Henrique Pinto – representa uma pintura de género OU cenas de costumes realistas da vida popular OU os valores genuínos de uma sociedade rural (OU tradicional) OU motivos retirados da Natureza OU uma velha camponesa a trabalhar, em traje regional e chapéu de palha, despejando comida para três porcos que a rodeiam, o documento 2 – pintura de António Soares – expressa o mundanismo boémio OU o mundo urbano OU a evasão do quotidiano OU a representação dos novos hábitos das mulheres OU uma jovem elegante sentada a descansar num café, com um vestido preto decotado, chapéu moderno e cigarro na boca;
  • [Conceção pictórica] enquanto o documento 1 é uma pintura que obedece de forma rigorosa às regras académicas OU que está ligada à tradição renascentista, o documento 2 é uma pintura com inovação na representação do objeto artístico OU com liberdade de criação estética OU que recusa o academismo e as regras da pintura convencional;
  • [Estilo de pintura] enquanto o documento 1 reflete uma tendência de pintura com linguagem ligada ao Naturalismo (OU influenciada pelo «ar-livrismo» OU com expressão realista) OU uma corrente que representa um «instantâneo» da realidade (OU um estilo que privilegia a pintura como uma fotografia), o documento 2 reflete uma tendência que representa o impulso artístico do seu criador OU uma corrente com linguagem estética inspirada nas vanguardas europeias (OU nas estéticas modernistas OU no fauvismo OU no expressionismo);
  • [Composição/expressãoformal]enquanto o documento 1 mostra uma execução cuidada e um traço rigoroso OU um acabamento perfeito OU o gosto pela volumetria das figuras OU formas detalhadas, o documento 2 exprime uma execução rápida e um traço difuso OU um aspeto inacabado da obra OU a preferência por figuras bidimensionais OU a valorização de formas distorcidas e simplificadas (OU estilizadas);
  • [Tratamento da cor] enquanto no documento 1 a aplicação da cor obedece ao desenho OU são utilizadas cores naturais e sóbrias (OU tons escuros) OU são aplicadas gradações cromáticas, no documento 2 predominam grandes manchas de cor aplicadas livremente OU são usadas cores intensas e claras (OU contrastantes) OU preferem-se cores planas;
  • [Perspetiva] enquanto no documento 1 são respeitadas as regras da perspetiva tradicional OU a tridimensionalidade da obra é conseguida através da sucessão de planos (OU da aplicação de jogos de luz e de sombra), no documento 2 opta-se pela desvalorização da perspetiva (OU pela valorização de um único plano OU pela adoção da bidimensionalidade da obra);
  • [Intencionalidade] enquanto o documento 1 é uma obra para satisfazer o gosto de um público conservador (OU que satisfaz o gosto da burguesia nostálgica de valores tradicionais) OU que tem espaço de divulgação nas exposições oficiais, o documento 2 é uma forma de expressão que desafia os valores tradicionais da sociedade (OU a moral burguesa) OU que exprime as transformações comportamentais dos anos 20 OU que supera a marginalização oficial através da divulgação em exposições independentes (OU outro exemplo).
3 (A)3 (B)5 (C)1 (A)4 (B)1 (C)3 5
4 20
  • afirmação de uma nova sociabilidade com a convivência mais livre entre os sexos OU maior visibilidade da mulher no espaço público (doc. 2) OU novos comportamentos ligados à vida noturna e ao desporto;
  • projeção de uma nova imagem da mulher com maquilhagem e com cabelos curtos OU com um novo vestuário mais livre e decotes amplos OU sentada, num café, a fumar (doc. 2) (OU outro exemplo);
  • desempenho de novas profissões por parte das mulheres (OU desempenho de profissões tradicionalmente masculinas), na sequência da Primeira Guerra Mundial OU aquisição de independência económica em carreiras profissionais prestigiadas (OU decorrente de um trabalho socialmente valorizado);
  • inversão gradual do estatuto tradicional da mulher como mãe e esposa (OU doméstica) OU novo papel da mulher na família, assumindo a autoridade no lar (OU o sustento familiar);
  • acesso de um número cada vez maior de mulheres à formação escolar (OU académica);
  • inversão gradual do estatuto de menoridade jurídica tradicionalmente reservado à mulher OU conquista progressiva de direitos jurídicos (OU da tutela de bens patrimoniais OU da tutela dos filhos) OU da igualdade de direitos face ao homem;
  • participação das mulheres na vida cívica OU na ação organizada de movimentos feministas (OU sufragistas) OU criação, em Portugal, da Liga das Mulheres Republicanas (OU outro exemplo);
  • aquisição crescente de direitos políticos (OU do direito de voto).

Grupo IV

Versão 1 Versão 2 Pontuação
1 (D) (A) 5
2 (B)(D)(A)(C)(E) (C)(A)(B)(E)(D) 5
3 25
  • alteração do contexto internacional, no segundo pós-guerra, favorável aos princípios descolonizadores (doc. 1) OU reconhecimento pela ONU do direito dos povos à autodeterminação («todos os povos têm o direito à sua independência» – doc. 2) OU apoio à descolonização por parte das grandes potências e dos seus aliados OU condenação do colonialismo pelos Países Não Alinhados, na Conferência de Bandung;
  • defesa pelo Estado Novo dos direitos históricos sobre os territórios coloniais e da missão civilizadora sobre as populações OU reafirmação do princípio de Portugal como país pluricontinental, constituído pela metrópole e pelas províncias ultramarinas (OU colónias);
  • criação de movimentos nacionalistas nas colónias que, em «guerras de libertação nacional» (doc. 1), lutam pela independência dos seus povos OU reivindicação do direito à autodeterminação e à independência, com recurso à luta armada (doc. 2), por parte dos movimentos de libertação dos povos das colónias africanas (OU PAIGC, FRELIMO, MPLA OU FNLA OU UNITA);
  • recusa portuguesa em reconhecer o direito à autodeterminação dos povos («as Nações Unidas há meses que andam a procurar convencer os salazaristas de que todos os povos têm o direito à sua independência» – doc. 2) OU rejeição das propostas de negociação apresentadas ao governo português pelos movimentos de libertação, considerados terroristas;
  • radicalização da luta dos movimentos nacionalistas («Enganava-se quem considerava a guerrilha um movimento desorganizado.» – doc. 2), na sequência do exemplo e do apoio dos países vizinhos já independentes (doc. 1) OU no contexto internacional de Guerra Fria.
4 50
Impacto da guerra colonial na queda do Estado Novo

  • contestação interna e externa à ideia de um Portugal uno, multirracial e pluricontinental, preconizada pelo regime (docs. 1 e 2);
    dificuldades decorrentes da necessidade de reforçar a mobilização e os efetivos militares em três frentes de combate em África (doc. 1);
  • perda de população ativa: milhares de soldados ficaram feridos e incapacitados ou morreram («Sofreram muitas baixas – umas em combate, outras por doença, e outras ainda por desastres de viação.» – doc. 2) OU aumento da emigração relacionada com a fuga ao recrutamento militar;
  • agravamento das dificuldades económico-financeiras do país, devido à mobilização de avultadas verbas do orçamento do Estado para a defesa;
  • crescente isolamento internacional do país e condenação da política colonial portuguesa pelas Nações Unidas OU pela administração Kennedy OU por outro país (OU organização);
  • aumento da contestação interna ao regime, devido à política colonial: por jovens mobilizados para a guerra («Saindo daqui, a nossa luta será criar um país sem injustiças e crimes.» – doc. 2) OU por sectores da oposição democrática OU por católicos progressistas;
  • divisões e descontentamento nas Forças Armadas face ao impasse militar e às teses oficiais do regime sobre a guerra colonial: «ninguém admite que se consegue pôr fim ao terrorismo por meios militares.» (doc. 2) OU «esta guerra que a nada conduz.» (doc. 2) OU efeitos da publicação do livro de Spínola, Portugal e o Futuro;
  • transformação do Movimento dos Capitães, nascido por razões corporativas dos oficiais de carreira, em Movimento das Forças Armadas, visando restaurar a democracia no país.

Processo de descolonização no imediato pós-25 de Abril: dificuldades e desafios

  • dificuldades na obtenção de uma solução rápida e consensual para o problema colonial, após anos de arrastamento da guerra e de recusa portuguesa em discutir a descolonização (docs.1 e 2);
  • divergências no MFA e no país, logo após a Revolução de 25 de Abril, quanto à solução política para a guerra colonial, consagrada no programa do MFA OU confronto entre as teses federalistas de Spínola e as teses da independência imediata defendidas por outros sectores do MFA;
  • intensificação de fortes pressões internas (OU manifestações de apoio ao regresso imediato dos soldados OU outro exemplo) e internacionais (OU da ONU OU da OUA OU outro exemplo) para a consagração do direito das colónias à autodeterminação OU aprovação da Lei 7/74, que reconheceu o direito das colónias à independência;
  • existência de mais do que um movimento de libertação em várias das ex-colónias (FRETILIN e UDT – doc. 3) (OU outro exemplo), agravando os problemas no processo de descolonização;
  • fragilidades de Portugal, após a suspensão dos combates e as negociações entre o novo regime e os movimentos de libertação das colónias, para fazer cumprir os acordos de transição para a independência OU para interferir nos conflitos armados entretanto surgidos (por exemplo, em Timor – doc. 1);
  • retorno significativo, e em condições precipitadas, de milhares de portugueses fugidos dos conflitos político-militares nas ex-colónias OU fuga à situação mais complicada em Angola, com início de uma verdadeira «ponte aérea» (doc. 3);
  • integração dos «retornados» na sociedade portuguesa, apesar das difíceis condições em que chegaram ao país: «gente a quem, muitas vezes, falta tudo» (doc. 3) OU criação do Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais (IARN), com o objetivo de facilitar o acolhimento dos portugueses das ex-colónias;
  • dificuldades na descolonização de Timor (doc. 1), com as ameaças de «guerra civil» (doc. 3) e de ocupação pela Indonésia, impossibilitando a descolonização imediata;
  • desafios colocados pelo regresso de Portugal às fronteiras europeias do século XV, reconhecidas as independências das colónias africanas em 1974 e 1975.

Redefinição das opções da política externa portuguesa, do 25 de Abril à viragem para o século XXI

  • procura de um clima de aceitação e de reconhecimento internacionais, pondo fim ao isolamento de Portugal nas décadas anteriores (doc. 4) OU estabelecendo relações diplomáticas com os países do Bloco de Leste (OU com os do Movimento dos Países Não Alinhados);
  • defesa dos valores da paz e da autodeterminação dos povos, através do reconhecimento da independência das colónias OU através da negociação com os movimentos de libertação, considerados os representantes legítimos dos seus povos OU através da abertura de negociações com a República Popular da China para a transferência da soberania de Macau;
  • defesa, no contexto internacional, dos interesses dos timorenses após a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia, na sequência do confronto entre partidos e da tomada do poder pela FRETILIN (doc. 3);
  • opção pela integração nas comunidades europeias após o 25 de Abril, com a formalização do pedido de adesão (OU com o início do processo de integração OU com o aprofundamento dos laços de cooperação);
  • participação de pleno direito nas organizações internacionais (ONU, OTAN/NATO, UE, OU outra), com o envolvimento direto de Portugal em missões no âmbito das questões transnacionais (doc. 4);
  • estabelecimento de relações diplomáticas e de cooperação entre Portugal e as suas ex-colónias, reforçando-se os laços económicos e culturais;
  • criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, organização que integra os PALOP, o Brasil, Portugal e Timor-Leste OU incremento da cooperação e da ajuda ao desenvolvimento dos países lusófonos (doc. 4);
    participação ativa na Comunidade Ibero-Americana, que integra os Estados da Península Ibérica e da América Latina, de língua portuguesa ou castelhana;
  • reforço da diplomacia económica orientada para a captação de investimentos e para a diversificação de mercados (por exemplo, Golfo Pérsico OU República Popular da China OU Angola);
    afirmação do papel de Portugal como mediador entre a Europa e os espaços da lusofonia e da Comunidade Ibero-Americana

HISTÓRIA B 11º ANO

História B levou os estudantes de 11º ano de volta às salas de aula, desta feita para realizar um exame. Estes são os critérios completos e aqui pode também encontrar o enunciado.

Grupo I

Versão 1 Versão 2 Pontuação
1 (D) (C) 5
2 (B) (D) 5
3 (A) (D) 5
4 (D) (B) 5
5 (C) (A) 5

Grupo II

Versão 1 Versão 2 Pontuação
1 (B) (C) 5
2
  • descontentamento decorrente da posição de subalternidade em relação à «Inglaterra» (doc. 2) OU
  • sentimento de revolta da «consciência nacional» face ao «ultimatum» britânico (doc. 2);
  • incapacidade do regime monárquico para resolver os problemas económico-financeiros do país (doc. 1) OU insuficiência permanente de recursos financeiros (doc. 1) OU aumento da despesa pública (doc. 1) OU desequilíbrio orçamental OU aumento do défice do Estado (doc. 1);
  • situação crónica de contração de novos empréstimos para pagamento de empréstimos anteriores (OU não destinados ao investimento produtivo) (doc. 1) OU incremento significativo dos montantes dos empréstimos contraídos e do respetivo valor das taxas de juro (doc. 1);
  • ação da propaganda do Partido Republicano, que apresenta a República como solução para a «mudança fundamental das instituições» (doc. 2) (OU propaganda associada à crise económica – doc. 1 – OU à falta de respeito pelas «liberdades cívicas» – doc. 2) OU crescente participação de candidatos do Partido Republicano em eleições para o «parlamento português» (doc. 2);
  • falta de democraticidade (OU de legitimidade OU de racionalidade) da regra do «privilégio dinástico» da monarquia (doc. 2);
  • falta de prestígio do parlamento, enredado em «cenas lastimosas» OU em lutas pelas «cadeiras do poder» (doc. 2);
  • ambiente de forte crispação política, com acusações de «despotismo» OU de violação de «direitos e liberdades cívicas» (doc. 2);
  • insatisfação face às «candidaturas oficiais» (OU ao rotativismo partidário), que não resolviam os problemas do país (doc. 2).
20
3 Regicídio OU assassinato do rei. 5
4 25
  • constituição de um governo provisório, após a Revolução do 5 de Outubro, presidido pelo republicano Teófilo Braga (doc. 2);
  • realização de eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, a qual tinha a missão de elaborar a primeira constituição republicana;
  • aprovação da Constituição de 1911, baseada no programa do Partido Republicano Português (OU nas ideias liberais das Constituições de 1822 e de 1838) OU com algumas influências de princípios socialistas;
  • reforço da democracia política para evitar «a ilegalidade e o despotismo» (doc. 2) OU para assegurar o respeito pelos «direitos e liberdades cívicas» (doc. 2);
  • substituição do modelo monárquico de regime assente no «privilégio dinástico» do rei (doc. 2) OU instauração do modelo republicano de regime assente na escolha do presidente da República de acordo com a «opinião democrática» (doc. 2) OU alteração na chefia do Estado com a substituição de um rei hereditário por um presidente eleito;
  • opção pelo predomínio do poder legislativo sobre o poder executivo nas diferentes áreas da governação OU controlo das ações do governo e do presidente da República por parte do Congresso OU sujeição do presidente da República ao Congresso, que o elegia e o podia destituir;
  • afirmação da tradição municipalista, considerada a base de toda a organização política;
  • combate à influência da Igreja na sociedade, através de medidas de laicização do Estado OU da Lei da Separação da Igreja e do Estado OU da expulsão das ordens religiosas (OU da nacionalização dos seus bens);
  • valorização do papel do parlamento na reforma da sociedade, através de um esforço legislativo na área social (OU laboral OU educativa).

Grupo III

Versão 1 Versão 2 Pontuação
1 (C) (A) 5
2 (A)5 (B)3 (C)1 (A)4 (B)2 (C)5 5
3 25
  • domínio da economia mundial pelos EUA, após a Primeira Guerra Mundial, pelo facto de terem sido os fornecedores dos países beligerantes (OU dos mercados mundiais), registando um índice de produção industrial muito elevado (doc. 1);
  • dependência acentuada da economia europeia face aos EUA, no decurso e após a guerra, com a produção industrial a baixar cerca de 40% nos principais países (doc. 1) OU com a sua recuperação a assentar nos avultados créditos norte-americanos;
  • retirada dos capitais norte-americanos da Europa, na sequência da crise, com consequente falência de bancos e de numerosas empresas (OU com elevada quebra dos índices anuais de produção industrial – doc. 1) OU com desvalorização das moedas europeias e inflação;
  • ruína do sistema financeiro global, com falência de bancos e violenta queda do valor das ações OU com a desorganização do sistema de pagamentos internacionais;
  • adoção de políticas económicas protecionistas que acentuavam a deflação a nível mundial;
  • retração do comércio internacional como consequência da diminuição das compras de produtos e de serviços, por parte dos países industrializados;
  • alastramento da crise às colónias e aos países menos desenvolvidos, dependentes das exportações de matérias-primas e de produtos alimentares.
4 50
Problemas sociais no final da década de 1920 e no início da década de 1930

  • aumento significativo do desemprego e da miséria (doc. 2), associado à diminuição da produção industrial (doc. 1) e em articulação com a quebra da procura;
  • ruína de muitos capitalistas, na sequência da queda da produção industrial(doc.1) (OUdoencerramento de empresas) e da crise das bolsas de valores;
  • ruína de agricultores, obrigados a destruir stocks para conter a deflação OU para provocar o aumento de preços dos produtos agrícolas;
  • empobrecimento das classes médias, vítimas da perda de poupanças OU do desemprego OU da crise económica e financeira (docs. 1 OU 2);
  • intensificação da agitação social, traduzida em greves e confrontos;
    agudização de comportamentos xenófobos e racistas (OU de comportamentos individuais marcados
  • pelo desespero OU outro exemplo), como consequência da miséria;
  • ausência de mecanismos de proteção social (OU de apoio aos desfavorecidos) e consequente apelo a novas formas de intervenção do Estado;
  • adesão de muitos dos sectores sociais afetados pela crise a movimentos extremistas defensores de projetos políticos autoritários.

Saídas da crise nos EUA, na década de 1930: as políticas do New Deal

  • recurso a princípios do keynesianismo, no contexto da crítica ao liberalismo económico;
    intervencionismodoEstadoparacombaterodesempregoeamiséria(doc.2)OUparaorelançamento da economia (doc. 3);
  • adoção de medidas financeiras rigorosas com vista ao combate à especulação OU com vista à subida dos preços através de uma inflação controlada;
  • concessão de apoios (OU medidas de regulação) do Estado às atividades produtivas (OU à agricultura e à indústria);
  • lançamento de grandes obras públicas pelo Estado, tendo como objetivo a criação de emprego (OU a construção de infraestruturas para o desenvolvimento económico);
  • implementação de programas específicos para os artistas plásticos, visando a criação de trabalho (OU a propaganda ao New Deal) (doc. 3);
  • adoção de medidas de estímulo ao consumo (OU com vista à melhoria do poder de compra dos trabalhadores), para o relançamento da economia (doc. 1);
  • resolução dos problemas sociais (doc. 2), como forma de prevenção, por parte do Estado (doc. 3), do risco de soluções de tipo autoritário;
  • instituição de medidas de proteção e segurança social (OU instituição do subsídio de doença OU outro exemplo), lançando-se as bases da edificação do Estado-Providência.

Triunfo do Estado-Providência nas democracias ocidentais, nas décadas de 1940-1950

  • defesa, na sequência das experiências de combate à crise dos anos 30 (doc. 3) (OU das experiências dos governos de Frente Popular OU de unidade nacional), de políticas de intervenção do Estado na economia e no equilíbrio social OU afirmação do papel do Estado regulador e promotor do bem-estar e da justiça social, rompendo com a tradição do capitalismo liberal;
  • construção de uma «política global de progresso social» (doc. 4) a partir da degradação das condições de vida provocada pela Segunda Guerra Mundial OU das experiências anteriores («quando a guerra está a destruir todo o tipo de referências, é a oportunidade para usar a experiência adquirida» – doc. 4);
  • defesa de políticas de justiça social, no contexto da vitória das democracias na Segunda Guerra Mundial (OU no contexto da necessidade de conter o avanço do comunismo nos países ocidentais);
  • organização do sistema de segurança social, respeitando a presença da matriz liberal: «A segurança social deve ser levada a cabo através da cooperação entre o Estado e o indivíduo. […] O Estado, ao organizar a segurança, não deve sufocar a iniciativa» individual (doc. 4);
  • consolidação do Estado-Providência no Reino Unido, influenciada pelo Relatório Beveridge (doc. 4), com um sistema abrangente de medidas (OU com a criação de um Serviço Nacional de Saúde gratuito);
  • generalização dos sistemas públicos de educação, de segurança social e de saúde nas democracias ocidentais;
  • contributo de correntes políticas, como a social-democracia, combinando a economia de mercado com o alargamento das funções sociais do Estado OU como a democracia-cristã, baseada na doutrina social da Igreja, visando a justiça e a solidariedade;
  • crescimento das estruturas governamentais, do funcionalismo público e das despesas dos Estados.

Grupo IV

Resposta correta Pontuação
1 20
  • aparente liberalização do regime a fim de esvaziar as reivindicações das forças de oposição OU defesa da ideia de «evolução sem revolução» (doc. 2);
    manutenção da posição do governo face à continuidade da guerra colonial para satisfazer a ala conservadora do regime;
  • manutenção de um regime de partido único OU enquadramento de personalidades independentes (OU da ala liberal) na UN (OU União Nacional) / ANP (OU Ação Nacional Popular);
  • realização de atos eleitorais (doc. 2) manipulados pelo regime OU abertura controlada à existência de movimentos oposicionistas;
  • denúncia das tentativas de vitimização das forças de oposição responsáveis pela «desordem» (doc. 1);
  • manutenção de uma polícia política OU ação repressiva da PIDE/DGS OU «repressão das ações» consideradas «ilegais» pelo regime (doc. 1);
  • existência do Exame Prévio (OU da censura), apesar de algum abrandamento da sua atuação;
  • controlo dos meios de comunicação social OU utilização da televisão como instrumento de divulgação das políticas do regime (doc. 1);
  • utilização da propaganda para defesa das políticas do regime (docs. 1 OU 2) OU associação do «progresso em paz» (OU do «desenvolvimento económico» OU da «justiça social» OU outro exemplo) ao apoio eleitoral ao regime (doc. 2).
2 10
Apresenta dois dos excertos. 10
Apresenta apenas um dos excertos. 5
R.
  • o «desejo das populações de se manterem portuguesas»;
  • o «desejo das populações […] de não serem abandonadas na sua defesa contra os perturbadores da paz.»;
  • «A evolução económica e social das províncias e o progresso das suas populações […] têm de seguir firmemente»;
  • «Eu pergunto se algum governante português consciente e responsável pode ceder a tal intimação.» [resoluções das Nações Unidas acerca da autodeterminação dos territórios portugueses].
Versão 1 Versão 2 Pontuação
1 (B) (D) (E) (C) (A) (E) (B) (D) (A) (C) 5