O plafonamento da Segurança Social e liberdade de escolha na educação deverão constar do programa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP, que poderá também conter alterações ao sistema político associadas a uma revisão da Constituição.

Estes princípios foram avançados pelos dirigentes do PSD José Matos Correia e do CDS-PP Assunção Cristas, responsáveis pela coordenação do programa eleitoral da coligação “Portugal à Frente”, durante um período de respostas a sugestões e perguntas feitas através do facebook.

Nessa conversa com os eleitores, os dois dirigentes adiantaram que a coligação PSD/CDS-PP está a estudar a prestação do abono de família e a considerar alargar a ADSE aos funcionários de empresas públicas. Quanto à apresentação do programa eleitoral, que tinha sido prometida para o final de junho, não quiseram apontar uma data.

“Será oportunamente apresentado”, declarou José Matos Correia aos jornalistas, na sede de campanha da coligação “Portugal à Frente”, situada na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, numa conferência de imprensa realizada a meio desse processo de perguntas e respostas na internet.

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Em resposta a um eleitor que defendeu uma “reforma urgente” da Segurança Social, Matos Correia e Assunção Cristas referiram que “no atual Programa de Governo já estava previsto um sistema de plafonamento voluntário com contribuições para o sistema público e o excedente para um regime privado ou mutualista assente numa base de livre escolha”.

“No programa que estamos a desenhar pretendemos também abordar o tema”, revelaram.

Pelo facebook, a coligação PSD/CDS-PP recebeu pedidos de revisão da Constituição da República Portuguesa e propostas de alteração do sistema político.

Na resposta, Matos Correia e Assunção Cristas afirmaram: “A qualidade do sistema político, a sua representatividade, o reforço da ética democrática e a ligação entre os detentores de cargos políticos e os cidadãos – em nome dos quais exercem os seus mandatos – são questões que estão no cerne da nossa reflexão”.

“A próxima legislatura poderá abrir um processo de revisão constitucional ordinária que não poderá passar ao lado deste debate”, defenderam.

No âmbito da educação, consideraram que é “fundamental garantir a qualidade da escola pública”, acrescentando: “Adicionalmente pretendemos criar mecanismos que permitam uma maior liberdade de escolha”.