“Esta é a minha segunda oportunidade para viver”, disse uma Avril Lavigne muito emocionada. Foi ao programa televisivo Good Morning America que a cantora deu uma entrevista a propósito da patologia que a deixou presa à cama durante cinco meses e a fez questionar se estaria a morrer. A canadiana falou pela primeira vez da doença de Lyme à frente das câmaras no passado dia 22 de junho e explicou que está a meio do tratamento. “Estou muito melhor. A ver um progresso imenso… Estou realmente grata por saber que vou recuperar a 100%.”

Durante a entrevista, a cantora tenta explicar pelo que passou nos últimos meses. E, enquanto relata a experiência menos feliz, emociona-se e desfaz-se em lágrimas. “Eu fiquei literalmente acamada em outubro” disse. Lavigne foi continuamente mal diagnosticada e os médicos chegaram a pensar que tudo poderia não passar de uma depressão. As visitas aos consultórios foram, por isso, constantes, até que a própria começou a desconfiar que sofria da doença de Lyme: “Comecei a ir a outros médicos e a perguntar-lhes especificamente: ‘Eu tenho a doença de Lyme. Eu sei que tenho. Pode confirmar?’. Foi então que percebi, ‘procura um especialista em Lyme’.”

Avril Lavigne

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Lavigne contou ao mundo que sofria da doença no passado mês de abril, numa entrevista exclusiva à revista People. À publicação explicou que, quando foi festejar o seu 30º aniversário a Las Vegas, já se sentia mal há meses mas os médicos eram incapazes de determinar o que se passava. “Eu mal conseguia comer e, quando fomos para a piscina, tive de sair para me ir deitar na cama.” Os amigos que a acompanhavam perguntaram-lhe, à data, o que se passava, mas a cantora não tinha respostas para dar. Mais tarde, depois de meses a sentir-se sem energia, recebeu o diagnóstico.

Mas o que é a doença de Lyme? Resulta de uma infeção bacteriana que é transmitida por carraças (a patologia é mais comum na América do Norte e na Europa). Causa febre, fadiga e dores no corpo, com os primeiros sintomas a serem o extremo cansaço e a dor de cabeça. Caso a doença não seja tratada a tempo, pode espalhar-se pelo corpo todo, atingindo o sistema nervoso, as articulações, a pele, o coração e até os olhos — há ainda o risco de paralisia do nervo facial. Avril acredita que foi mordida na primavera do ano passado.