Pedro Passos Coelho e Paulo Portas vão andar inseparáveis na campanha eleitoral. A regra já está definida: terão uma agenda própria mas todos os dias haverá um ponto de encontro – este é o objetivo, embora como o calendário ainda não está fechado possa haver dias desencontrados, mas serão muito poucos.

O pontapé de saída a dois terá lugar dia 15 de agosto no Algarve. Mas dificilmente será no Pontal, como o PSD local gostaria. A ideia era que a festa tradicional dos sociais-democratas se pintasse pela primeira vez de duas cores: laranja (do PSD) e azul (do CDS), mas por muitas pressões que existam os centristas não o deverão permitir. Os dois partidos estão agora a negociar um terreno neutro, alternativo ao calçadão da Quarteira, que há muitos anos recebe a rentrée do PSD. Uma das hipóteses é Faro, uma autarquia onde existe uma coligação PSD/CDS. A outra pode ser Loulé, que está em mãos socialistas.

Depois desse pontapé de saída, durante o período de campanha, em setembro, os dois líderes partidários vão cumprir agenda mais conjunta do que alguma vez aconteceu. Esse alguma vez quer dizer as europeias de 2014 e as de 2004 (onde houve coligação pré-eleitoral). Nessa altura, os dois principais candidatos é que faziam companhia um ao outro (Paulo Rangel, pelo PSD, e Nuno Melo, pelo CDS, em 2014) e os líderes partidários apareciam de vez em quando para os apoiar. Desta vez, porém, Passos e Portas são candidatos e daí que a sua exposição seja maior.

No ano passado, o PSD reuniu para jantar em Quarteira cerca de duas mil pessoas e o CDS fez a sua rentrée a meio de setembro, em Peniche, num encontro de formação para os dirigentes mais próximos. Este ano, mantém-se a Universidade de Verão da JSD, a 24 de agosto.

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