Esta terça-feira, a Apple divulgou o relatório das receitas do terceiro trimestre de 2015 (o que resultou numa queda abrupta do preço das ações da empresa). A Vox analisou os resultados apresentados — e retirou deles cinco conclusões. Vale a pena fazer uma síntese:
1. Apple = iPhone
Segundo a Vox, no terceiro trimestre do ano a marca da maçã lucrou cerca de 31 mil milhões de dólares com a venda do iPhone. De facto, este é o verdadeiro produto de sucesso da empresa: mais de 60% das receitas resultam da venda do smartphone.
Face ao mesmo período do ano passado, a venda de telemóveis iPhone aumentou 59%. Ou seja, a Apple conseguiu vender mais telemóveis e, simultaneamente, aumentar o preço médio das unidades vendidas.
2. A China é o segredo do sucesso
Em geral, no último trimestre as receitas da Apple subiram na ordem dos 33% face ao período homólogo anterior. Por detrás deste valor, há um dado importante: as receitas provenientes da região da China, que inclui Macau, Taiwan, e Hong Kong, aumentaram 112% (isso mesmo: 112%, maioritariamente provenientes da República Popular da China). Segundo a Vox, este crescimento foi tão grande que colocou as outras quatro regiões abaixo da média.
3. O Apple Watch não é o iPhone
No relatório, não há dados sobre os lucros da empresa com a venda do Apple Watch. Para tornar tudo ainda menos claro, a Apple agrega o wearable com vários produtos e serviços diferentes, tais como a Apple TV, Beats Electronics, iPod, entre outros. Chama a essa categoria de “Outros Produtos”.
Ora, segundo o Vox, os ganhos da Apple com “Outros Produtos” subiu 49%. Bom? Talvez não tanto. Se o relógio tivesse sido um produto de enorme sucesso, o aumento dos ganhos com “Outros Produtos” também teria de ser enorme. Em vez disso, o total de ganhos com esta categoria é menor do que os lucros com a venda de computadores Mac, iPads e vendas nas lojas iTunes e App Store, por exemplo.
4. Os computadores Mac ainda estão na moda
Em comparação com outros setores, os lucros da Apple com a venda de computadores Mac subiram 9%. A palavra chave é subiram: a nível global, o segmento dos computadores pessoais está a encolher significativamente.
5. Já ninguém quer tablets
As vendas do iPad caíram, seguindo a tendência geral do mercado. Mas caíram 23%. Começámos a ouvir falar de tablets e iPads no início da década e, na altura, os novos dispositivos fizeram furor em todo o mundo. Mas a introdução dos smartphones com ecrã grande (phablet) – seguida também pela Apple no iPhone6, virou a tendência.