O novo canal do Suez, no Egito, vai ser oficialmente inaugurado no próximo dia 6 de agosto, exatamente um ano depois de as obras para a sua construção terem arrancado. Mas este sábado, três navios de carga cruzaram o canal numa viagem que serviu para testar a rota com 72 quilómetros de comprimento que permite a navegação em dois sentidos de embarcações de grande porte.

Quase 12 meses de obras depois, o canal paralelo ao do Suez vê a luz do dia: a obra, considerada “faraónica” pela BBC, é de uma importância vital tanto para o comércio regional como para o global — pelo canal passa, atualmente, 7% do comércio mundial com base na navegação. E de acordo com o presidente daquele país, Abdelfatah al Sisi, a expansão será capaz de trazer um “forte impulso” à economia egípcia.

Estima-se que a construção do novo canal — o original foi inaugurado há quase 150 anos para ligar os mares Mediterrâneo e Vermelho — tenha custado 8,5 mil milhões de dólares (cerca de 7,5 mil milhões de euros). Mas os gastos não se vão ficar por aqui, dado que existem planos para construir um outro canal junto a Porto Said, no Mar Mediterrâneo, um projeto que poderá ter 9,5 quilómetros.

De referir que os navios que cruzaram o canal no último sábado, 25 de julho, foram  escoltados por helicópteros e navios da marinha egípcia: a segurança reforçada tem razões de ser, uma vez que a Península do Sinai, na fronteira com o canal, tem vindo a ser marcada por uma intensa atividade de grupos extremistas islâmicos — já morreram centenas de civis desde que um golpe militar depôs o presidente islâmico Mohamed Morsi em 2013.

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