Câmaras de gás. É este o primeiro pensamento que têm os turistas ao observar os chuveiros colocados à entrada do museu do campo de concentração de Auschwitz, na Polónia. Os duches instalados pelo museu do campo têm o objetivo de refrescar os visitantes, mas estão a causar polémica por fazerem alusão às camaras de gás nazis que outrora existiram neste e noutros campos de concentração durante o holocausto. Foram dizimados cerca de seis milhões de judeus durante este período.

“Assim que desci do autocarro deparei-me com os chuveiros”, contou Meyer Bolka ao canal de televisão israelita Channel 2, segundo o Telegraph. “Fiquei em choque. Foi um murro no estômago. Caminhei até à receção e perguntei à trabalhadora que se encontrava lá para que é que eram os chuveiros, ela disse que estava um dia quente”, contou. “Eu disse-lhe: ‘Com todo o respeito, faz-me lembrar câmaras de gás’. Ela pediu desculpa.”

No Twitter, o museu do campo de concentração de Auschwitz justificou-se: “Salvaguardar a saúde dos nossos visitantes é a nossa prioridade durante o período de calor extremo.”

Auschwitz é um dos campos de concentração nazis que vitimou mais judeus. Os prisioneiros, que chegavam de comboio, separavam-se entre os que morreriam imediatamente e os que seriam utilizados para trabalhos no campo. A forma de matar mais habitual era através da utilização de chuveiros localizados no interior de câmaras de gás. Em alguns casos, os guardas do campo davam inclusivamente aos prisioneiros toalhas e sabonetes, para que estes não desconfiassem do destino que os aguardava no interior da câmara.

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