A Arábia Saudita rejeitou, no sábado à noite, as críticas feitas pelo Irão, que exigiu uma investigação sobre a debandada ocorrida na quinta-feira perto de Meca, na qual morreram pelo menos 769 pessoas, incluindo cerca de 130 iranianos.

“Penso que os iranianos têm coisas melhores para fazer do que explorar politicamente uma tragédia que atingiu as pessoas que realizavam os seus ritos religiosos mais sagrados”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Adel al-Jubeir, durante um encontro com o seu homólogo norte-americano, John Kerry, em Nova Iorque.

Horas antes, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente iraniano, Hassan Rohani, tinha exigido uma investigação sobre a debandada trágica ocorrida na quinta-feira, em Mina, perto de Meca, na Arábia Saudita. Jubeir respondeu que Riade “iria dar conta dos factos à medida que eles sejam conhecidos”.

“Nós não vamos dissimular nada. Se foram cometidos erros, quem os fez será responsabilizado”, assegurou o chefe da diplomacia saudita. Mas “quero repetir que este não é o momento para explorar a situação politicamente”, insistiu ao lado de John Kerry, durante breves declarações aos jornalistas.

“Espero que os líderes iranianos sejam mais sensíveis para com os que pereceram nesta tragédia e aguardem os resultados da investigação”, acrescentou.

As declarações do chefe de Estado iraniano surgem numa altura em que as relações entre o Irão e a Arábia Saudita estão particularmente tensas, sobretudo devido ao conflito no Iémen, e desde a conclusão de um acordo nuclear entre o Irão e as grandes potências.

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