Os ministros saudita e iraniano acordaram esta quinta-feira em Jedá o repatriamento dos corpos dos peregrinos iranianos mortos na debandada perto de Meca na semana passada, informou a agência oficial saudita.
“As duas partes acordaram o repatriamento dos corpos dos iranianos identificados o mais rápido possível”, informou a agência oficial SPA hoje de manhã, após uma reunião em Jedáo, oeste da Arábia Saudita, entre o ministro da Saúde saudita, Khaled al-Falih, e o seu homólogo iraniano, Hassan Hachémi.
Os dois países pretendem “permanecer em contacto para identificar as outras (vítimas) e apoiar os feridos”, acrescentou a agência.
Pelo menos 239 peregrinos iranianos morreram durante a peregrinação em Mina, perto de Meca, e 241 continuavam desaparecidos até hoje.
O Irão é o país com maior número de vítimas do incidente que, segundo Riade, causou 769 mortos e 934 feridos, durante um dos rituais da peregrinação anual dos muçulmanos, na quinta-feira passada.
Esta debandada é o segundo trágico incidente a atingir os fiéis muçulmanos este ano na Arábia Saudita, após a queda, dez dias antes, de uma grua no interior da grande mesquita de Meca, que causou a morte de 109 pessoas e feriu mais de 400.
O ritual do Hajj está entre os cinco pilares do islamismo e todos os muçulmanos deverão realizar a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.