Lançado em meados de outubro, o Aquaris M10 é o mais recente tablet da BQ. A marca espanhola tem por hábito surpreender: no “Open Day”, em Madrid, apresentou um telemóvel de gama média fabricado em metal (Aquaris X5), o segundo no espaço de um mês. E com o modelo M10, voltou a surpreender, mas nem sempre pela positiva.
Eis os atributos principais da unidade (Aquaris M10 HD) que nos cederam para teste: tem um processador quad core de até 1,3 GHz, 2 GB de memória RAM, 16 GB de espaço de armazenamento e um ecrã HD de 10.1 polegadas. Mas antes de abordarmos os pontos fortes deste tablet, vamos aos fracos: o ecrã, o peso e a câmara.
A qualidade do ecrã não é a melhor. A imagem tem pouca nitidez e detalhe em comparação com outros dispositivos do mesmo segmento, algo que se explica pela baixa densidade de píxeis — entre 120 e 200 píxeis por polegada.
Quanto ao peso, o Aquaris M10 tem 470 gramas. Ou seja, por um lado, segurar nele com uma mão pode ser incomodativo ao fim de algum tempo. Por outro, ao pouco peso pode associar-se a sensação de fragilidade e, nesse caso, se aprecia robustez num aparelho deste género, o M10 pode ser uma boa opção. Esta percepção nem sempre é verdadeira, mas é importante na qualidade da experiência de utilização.
Num tablet, a câmara ainda não é o elemento principal. Ainda assim, é relevante indicar que as do Aquaris M10 deixam a desejar. A principal — atrás do aparelho — tem um sensor de cinco megapíxeis e filma em Full HD. A frontal tem apenas dois megapíxeis.
Contudo, como referimos, a BQ gosta de surpreender e, por isso, o Aquaris M10 tem também vários atributos interessantes. Um deles é a qualidade do som. Há ainda um conjunto de funcionalidades que não estamos habituados a ver num tablet. Mas já lá vamos.
Primeiro, o som. Uma boa experiência de áudio parece estar entre as prioridades da marca espanhola, que a tem vindo a aperfeiçoar nos novos dispositivos. Por isso, à semelhança do smartphone Aquaris X5, o M10 inclui uma nova tecnologia: “é o primeiro tablet europeu com Dolby Atmos“, garante a BQ.
A marca espanhola juntou-se à Dolby, uma das maiores companhias norte-americanas especializadas em reprodução de áudio. O Dolby Atmos foi uma boa surpresa, não só pela aplicação móvel que permite o controlo profissional dos parâmetros de áudio como também pelas duas colunas estéreo incorporadas na parte da frente do dispositivo. Em relação às funcionalidades pouco comuns em tablets, o Aquaris M10 inclui rádio FM e sistema de vibração. Por exemplo, esta última pode ser útil em certos jogos ou, em conjunto com o LED na frente do dispositivo, para uma melhor eficácia do sistema de notificações.
A BQ fabrica este aparelho em duas versões: a HD (que testámos) e a Full HD — que deverá ter uma melhor qualidade de imagem. Pode ser adquirido a partir de 240 euros na loja online da marca espanhola. Apesar dos pontos fracos que referimos, o BQ Aquaris M10 não deixa de cumprir a sua função dentro do segmento em que está inserido, tem uma boa relação qualidade preço e pode ser, sem dúvida, um bom parceiro no campo da produtividade e do entretenimento.
Editado por Pedro Esteves.