Os cinco melhores

Diários, de Franz Kafka (Relógio D’Água)
Começando pelo princípio do ano, um dos acontecimentos editoriais de 2015 é a publicação (de facto, em finais de 2014) dos Diários de Kafka (Relógio D’Água), numa tradução de Isabel Castro Silva.

Uma Admiração Pastoril pelo Diabo, António M. Feijó (INCM)
Foi publicado também este ano o grande livro de António M. Feijó, Uma Admiração Pastoril pelo Diabo, exemplo de um género de crítica literária em vias de extinção.

Lisbon Blues, de José Luís Tavares (Abysmo)
Entre vários livros de poemas elegíveis, gostaria de salientar Lisbon Blues, do poeta cabo-verdiano José Luís Tavares.

One’s Own Arena, de José Pedro Cortes (Pierre von Kleist)
Fora do circuito literário, há a destacar a publicação do fotolivro One’s Own Arena, a parte final da trilogia do fotógrafo e editor José Pedro Cortes, depois de Things Here and Things Still to Come (2011) e Costa (2013). (One’s Own Arena está na origem da exposição epónima na Fundação EDP/Museu da Electricidade, que termina no dia 13 de Dezembro).

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Lila, de Marilynne Robinson (Presença)
Por falar em trilogias, saiu, traduzido por Maria do Carmo Figueira, um favorito: o livro Lila, de Marylynne Robinson, uma das grandes escritoras vivas (Lila é a terceira parte de uma saga americana antecedida por Gilead e Home).

O pior

Como de costume, a literatura portuguesa produziu este ano um número considerável de maus livros, e mesmo não-livros, não existindo maneira decente de determinar o pior — e muito menos de indicar uma desilusão. Menos frequente é verificar-se o contrário de um desapontamento. Tal aconteceu este ano e é uma razão de alegria: a atribuição do Prémio José Saramago de 2015 ao livro Primeiras Coisas, de Bruno Vieira Amaral (Quetzal).

[Veja nesta fotogaleria as capas dos livros escolhidos por Humberto Brito]