O artista britânico Banksy pintou Steve Jobs, filho de um imigrante sírio, numa parede de Calais, onde está situado o campo de refugiados, em França. Steve Jobs surge retratado de pé, com um Mac (computador da Apple) numa mão e um saco ao ombro, como se se preparasse para fugir. O retrato certo, num local certeiro, como é marca de água do multifacetado artista/ativista Banksy,

No site do artista, a foto do antigo CEO da Apple aparece com a legenda “filho de um imigrante da Síria”. O pai biológico de Jobs, Abdulfattah John Jandali, atualmente com 80 anos, nasceu na cidade síria de Homs e imigrou para os Estados Unidos da América onde conheceu Joanne Schieble Simpson. Os dois não eram casados quando ela engravidou: o bebé foi dado para adoção e foi criado pelo casal Jobs.

Muitos fãs da Apple, em especial desde a crise dos refugiados na Europa, já haviam lembrado na rede social Twitter a origem síria de Jobs.

Banksy, que raramente faz comentários públicos sobre as suas obras, resolveu juntar-se ao coro e escreveu num comunicado: “Somos muitas vezes levados a acreditar que a migração drena os recursos de um país, mas Steve Jobs era filho de um imigrante sírio. A Apple é a empresa mais rentável do mundo, paga mais de 7 mil milhões de dólares por ano em impostos e só existe porque autorizaram a entrada a jovem de Homs.”

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Mais do que chamar a atenção para as origens de Steve Jobs, Banksy quer alertar para a situação dos refugiados, em especial na “Selva de Calais” – nome por que é conhecido o campo de refugiados da cidade francesa. O grafitter enviou o material proveniente do desmantelamento do seu parque temático temporário, Dismaland, para Calais para servirem como materiais de construção.

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