Já imaginou uma cama que se pode num ápice tornar numa espécie de caixão? A ideia é assustadora mas pode não ser totalmente descabida: quem a teve foi o inventor chinês Wang Wenxi, a quem a patente do projeto foi concedida em 2010. Preocupado com os sismos que nos últimos anos assolaram o país, Wang Wenxi idealizou uma cama diferente que classifica como sendo à prova de sismos.
A ideia tem tanto de simples como de assustadora: porque não ter uma cama que, num momento em que se sente um terramoto com maior intensidade, se fecha sobre si mesma, deixando a pessoa que lá dorme numa caixa metálica fechada? O mecanismo idealizado por Wang Wenxi pode ser visto no vídeo, que, embora já antigo, tem vindo a ganhar popularidade nas redes sociais, nos últimos dias, relata o jornal britânico The Telegraph.
https://www.youtube.com/watch?v=RI3pz5p6l24
A caixa, para além de um local para acomodar quem lá dorme, ainda possui uma espécie de pequena despensa, onde podem ser guardados objetos que assegurem a sobrevivência temporária de quem lá está: garrafas de água, comida enlatada ou produtos de primeiros socorros, por exemplo. Estes objetos não duram sempre, claro; mas a expectativa é que mantenham a pessoa viva, enquanto não chega ajuda.
É difícil imaginar alguém a dormir regularmente nesta cama anti-sismos num futuro próximo: mas, caso seja comercializada, poderá até ser uma solução em momentos específicos, em que as pessoas temem a chegada de um sismo (ou de réplicas de um sismo) a qualquer momento. Por cá dificilmente teria grande sucesso, até porque Portugal não tem sofrido muito com terramotos. Mas na China, por exemplo, o terramoto Wenchuan deixou em 2008 87 mil pessoas mortas ou desaparecidas; e o terramoto Yushu, em 2010, provocou a morte de perto de 2 mil e 700 pessoas. E foi por causa desses sismos que Wang Wenxi idealizou esta cama: “Os terramotos Wenchuan e Yushu causaram grandes danos, portanto, pensei que a coisa mais séria que podia fazer era inventar alguma coisa para reduzir o número de vítimas [de um eventual sismo]” disse, em 2010, em declarações reproduzidas pelo jornal The Telegraph.