É a primeira vez que uma família fica com um cachorro clonado a partir de um cão já morto. Há seis meses, Dylan, o boxer de oito anos de Laura Jacques e de Richard Remde, perdeu a vida com um tumor no cérebro e o casal decidiu clonar o animal de estimação.
Passado meio ano, foi este sábado que Laura e Richard voltaram a sorrir quando receberam o primeiro de dois cachorros clonados a partir do boxer Dylan, conta o The Telegraph. Laura, 29 anos, e Richard, de 43, tornaram-se na primeira família inglesa, de Skipton, no norte de Yorkshire, a usufruir do processo de clonagem levado a cabo pela empresa sul-coreana, Sooam.
Quando o casal decidiu que devia clonar Dylan, já tinham passado 12 dias desde a sua morte. Apesar de os cientistas alertarem para ser a primeira vez que clonavam um cão que tivesse morrido há mais de cinco dias, a clonagem foi um sucesso, produzindo não um, mas dois cachorros.
“Mesmo vendo, não estava a acreditar que estivesse a acontecer. Mas quando ele começou a fazer barulhos eu percebi que era mesmo verdade”, desabafou Laura, acrescentando: “Ele é tão parecido com o Dylan. Todos os padrões e cores no seu corpo estão exatamente nos mesmos lugares que os de Dylan”. Por seu lado, Richard deixou escapar: “Eu estava muito mais emocionado durante o nascimento do que pensei que fosse ficar”.
O cachorro chama-se Chance, em homenagem a uma personagem de um dos filmes preferidos de Laura, o “Regresso a Casa“. O segundo cachorro deverá receber o nome Shadow, por causa de outra personagem do mesmo filme.
“É um tema controverso e sei que há muita gente que não concorda, mas de certeza que há muita gente que adorava poder fazer a mesma coisa”, disse Laura, explicando que quando Dylan morreu, ela não sabia o que fazer: “Quando aconteceu fiquei em choque total. Pensava que tinha de me atirar de uma ponte ou algo do género”.
O casal tinha decidido, inicialmente, armazenar amostras do ADN de Dylan e a empresa sul-coreana fez uma biopsia do abdómen. Mas as primeiras recolhas não deram resultado e foi necessário fazer uma segunda biopsia: “Somos um pouco loucas por animais, não socializamos muito nem saímos para beber um copo com amigos”.