O piloto português Paulo Gonçalves (Honda) recusou hoje o estatuto de herói, por ter parado para ajudar um colega durante a etapa de sábado do rali Dakar, considerando-se apenas “um ser humano com respeito pelos outros”.

“Não sou um herói, sou um ser humano com respeito pelos outros”, escreveu o piloto na sua página no Facebook, acrescentando: “Fiz aquilo que me competia, ao contrário, acredito que fizessem o mesmo por mim”.

“O Dakar é uma aventura de muito risco, de muito sacrifício, damos tudo por tudo ao longo de vários dias, milhares de quilómetros, e o risco está sempre à espreita”, referiu o piloto.

O português perdeu no sábado a liderança da classificação geral de motas no rali todo-o-terreno, depois de ter sido 31.º na sétima etapa.

Durante a tirada, o ‘motard’ português esteve mais de 10 minutos junto ao austríaco Matthias Walkner (KTM), que tinha sofrido uma queda e partido uma perna.

A organização acabou por premiar o ‘fair-play’ de Paulo Gonçalves, que, após os ajustes, surge no terceiro lugar da etapa, a 1.56 minutos do vencedor, o francês Antoine Meo (KTM), e a três segundos do argentino Kevin Benavides (Honda).

O resultado revisto da etapa de sábado manteve o português no topo da classificação geral, com 3,12 minutos de vantagem sobre o australiano Toby Price (KTM), segundo classificado.

A prova, que este ano se disputa na Bolívia e na Argentina, cumpre hoje um dia de descanso.

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