Quando as mães olham para os seus filhos recém-nascidos, e provavelmente pensam no longo caminho que têm pela frente, estão longe de imaginar o quão caricatos são aqueles pequenos seres humanos, o quão influenciados foram durante a gestação e o quanto continuam a ser durante os primeiros meses de vida.
A Reader’s Digest fez uma lista de nove factos bizarros que os recém-nascidos partilham entre si, das quais nós escolhemos sete — todas posteriormente confirmadas –, para mostrar que um bebé é muito mais do que uma “carinha laroca”.
1. Não sentem o gosto do sal
Apesar de serem capazes de detetar outros sabores, tal como o doce, o amargo ou o ácido, os recém-nascidos não sentem o salgado. No entanto, há estudos que indicam que os bebés têm mais papilas gustativas do que os adultos. De acordo com o que foi publicado na CNN, os bebés de seis meses que gostam mais de sal são aqueles cujos pais lhes foram dando a provar bolachas de água e sal, por exemplo. Já os que só comeram comida de bebé ou fruta durante esse período tornam-se indiferentes ao sal assim que crescem. A partir do momento em que um bebé desenvolve o gosto pelo sal, nunca mais vai deixar de gostar, pelo que não é demais sublinhar que a maioria dos pediatras considera proibido dar sal aos bebés até aos 12 meses (pelo menos) e que o ideal é adiar a exposição ao sódio o máximo de tempo possível e prevenir, assim, doenças futuras como a tensão alta ou problemas cardíacos.
2. Não têm lágrimas
Os recém-nascidos choram até ficarem vermelhos, mas daqueles olhos não brota uma única lágrima. Embora os bebés nasçam com os canais lacrimais, estes só produzem lágrimas suficientes para lubrificar e proteger os olhos, ou seja, não há um excesso de lágrimas que possam rolar pelas bochechas. Segundo a pediatra Jennifer Shu, as primeiras lágrimas aparecem dentro de um a três meses e assim que as glândulas lacrimais se desenvolvem eles são capazes de chorar baba e ranho.
3. Têm mais ossos do que os adultos
Um adulto tem 206 ossos, um recém-nascido tem aproximadamente 305. A explicação? O esqueleto de um bebé é praticamente constituído por cartilagem, com o crescimento essa cartilagem torna-se osso através de um processo chamado de ossificação. Os ossos fundem-se e formam um só osso. Um exemplo dessa fusão é o crânio que se funde num osso grande por volta dos dois anos.
4. Menstruam
Sim, as bebés do sexo feminino começam a sofrer cedo. Quando estão no útero, estão expostas a elevados níveis de estrogénio e, quando nascem, esses níveis descem drasticamente causando uma pseudomenstruação nas meninas, semelhante à menstruação das mulheres. Acontece em cerca de um quarto das bebés, normalmente durante os primeiros sete dias de vida, por isso não há razão para pânico.
5. Já beberam a própria urina
Os fetos começam a urinar no útero nos primeiros meses após a conceção e essa urina mistura-se com o líquido amniótico. Por volta dos três meses, um feto ingere um litro de líquido amniótico por dia e, tendo em conta que ele não necessita de se hidratar ou nutrir (tudo isso vem da mãe através do cordão umbilical), defende-se que isto sirva como um treino para engolir e para a digestão. E não, não há um único ser humano que não tenha passado por isto.
6. Recordam-se dos sabores que sentiram quando estavam no útero
Os bebés conseguem sentir o sabor do que a mãe comeu no líquido amniótico (exceto o sal), líquido esse que é afetado pelo que a mãe ingere, acreditando-se que influencia os gostos do bebé quando nasce. De acordo com um estudo publicado no jornal The Guardian, os fetos ingerem mais líquido amniótico quando este está doce e menos quando está amargo. Partindo deste pressuposto, se o feto se habituar a sentir o gosto de vegetais vai ser fácil gostar deles quando os comer, assim como se a mãe abusar da comida de plástico, também será a comida preferida do bebé.
7. São peludos
Não falamos dos cabelinhos que eles têm na cabeça, mas dos que têm no corpo. Chama-se lanugo e são uns pelos curtos, finos e macios que cobrem o corpo do feto durante a gravidez e que ajudam a regular a temperatura corporal no útero. Apesar de normalmente desaparecerem durante o sétimo ou oitavo mês de gestação, alguns nascem com eles. Mas é apenas uma questão de dias ou de semanas até caírem todos. E se julga que é mau o seu filho ter nascido peludo, pense que, pela lógica, os que não nasceram ingeriram os pelos com o líquido amniótico.