Os diretores escolares que compõem o órgão consultivo Conselho das Escolas (CE) mostram-se críticos em relação ao novo modelo de avaliação dos alunos proposto por Tiago Brandão Rodrigues. Ao contrário do que dizia o ministro, estes conselheiros não estão em sintonia com as novas regras e querem a continuação do exame do 6º ano e recomendam provas de aferição só nos 4º e 9º anos. A notícia faz a manchete do Diário de Notícias esta quinta-feira.
Carecem de clarificação e explicitação os desígnios e as vantagens para os alunos, para o sistema educativo e para a Educação em geral, decorrentes do projeto de alterações em apreciação.
Segundo o Diário de Notícias, que teve acesso a um parecer encomendado pelo Ministério e aprovado na quarta-feira, os diretores escolares não só mostram reservas em relação às mudanças como, além disso, estão contra a aplicação das novas regras já este ano.
Em defesa da “estabilidade” como algo que “acrescenta valor ao sistema educativo”, os diretores consideram “desejável” que se mantenham as provas de finais de ciclo no 6º e no 9º anos, já que estes “introduzem maior exigência no sistema educativo, mobilizam e corresponsabilizam todos os agentes escolares”. Além disso, devem manter-se, também, as provas de aferição feitas no 4º e no 8º anos, já que, entre outros benefícios, estes ajudam a detetar casos que podem carecer de uma “intervenção atempada“.