O processo contra Bilal, o filho mais velho do Presidente islamo-conservador, foi instaurado pelo Ministério Público de Bolonha, na sequência de uma queixa apresentada por um empresário turco, Murat Hakan Uzan, um opositor do chefe de Estado no exílio.

O empresário garantiu que Bilal fugiu para Itália “com uma grande quantia de dinheiro” e com um grupo de guarda-costas armados, que foram expulsos do território italiano, mas que regressaram depois com passaportes diplomáticos, referiu a imprensa italiana.

O filho do Presidente, que chegou a Bolonha no verão passado, é um dos principais suspeitos de um escândalo de corrupção revelado em dezembro de 2013.

Bilal saiu do país após as eleições legislativas de junho do ano passado, nas quais o partido islamo-conservador da Justiça e do Desenvolvimento, liderado por Erdogan até ser eleito Presidente em 2014, perdeu a maioria absoluta que tinha desde 2002, embora tenha recuperado depois no escrutínio de novembro.

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Em 2013-2014, o regime de Erdogan, então primeiro-ministro, foi abalado por um vasto processo de corrupção que envolvia ministros e Bilal Erdogan, acusado de tráfico de influência e desvio de fundos.

Os processos instaurados sobre este caso foram todos arquivados.

Bilal Erdogan argumentou que foi para Itália para fazer um doutoramento na mesma universidade onde começou os seus estudos em 2007 e negou que tenha fugido.