O governo brasileiro anunciou o corte de 5,19 mil milhões de euros (23,4 mil milhões de reais) das despesas previstas no seu orçamento para 2016.

A decisão foi apresentada esta sexta-feira à tarde pelos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e o do Planeamento, Valdir Simão.

“Em 2016, se descontarmos as despesas que não podem ser cortadas, teríamos um orçamento de 139 bilhões de reais. Aprovamos um limite de empenho de 115 mil milhões de reais para este conjunto de despesas”, disse Simão.

O ministro do Planeamento explicou que o corte não será linear, porque vai preservar programas sociais como o Bolsa Família, de pagamento de subsídios, O Minha Casa minha Vida, de moradias populares e as ações de controlo do vírus zika, mas todos os ministérios terão menos verbas.

O corte do orçamento será dividido em dois, havendo uma redução de 15,2 mil milhões de reais das despesas previstas no Orçamento e outros 8,1 mil milhões em emendas parlamentares.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que financia grandes projetos de infraestrutura social, urbana, logística e energética do país, terá um corte de 4,2 mil milhões de reais.

O corte dos gastos públicos do governo federal pretende garantir o alcance do excedente primário, que é a economia usada pelo país para pagar os juros da sua dívida, de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016.

O governo brasileiro também informou oficialmente que espera uma contração de 2,9% do PIB do país em 2016. A estimativa anterior era de uma queda de 1,9%.

Além disso, os ministros confirmaram que a inflação deverá ficar acima do previsto anteriormente, passando de 6,47%, para 7,10%.

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