As buscas para encontrar a criança desaparecida desde segunda-feira no estuário do Tejo, junto à praia de Caxias, em Oeiras, deverão ser suspensas no domingo, disse à Lusa o comandante da Capitania de Lisboa.
“Se não houver indícios (da criança), irei suspender indefinidamente as operações amanhã (domingo)”, declarou o comandante da Capitania de Lisboa, Malaquias Domingues.
“Eu tenho nesse momento uma equipa da polícia marítima na margem norte (do rio Tejo), outra na margem sul, nas praias e uma embarcação, que vão estar a trabalhar durante todo o dia, enquanto houver luz. Amanhã (domingo) será idêntico” o processo das buscas pela criança, sublinhou o comandante.
“Estamos a fazer esse esforço suplementar mas, até ao momento, não há qualquer indício” da criança, afirmou o comandante Domingues.
Uma criança de 19 meses morreu e outra de quatro anos está desaparecida desde a noite de segunda-feira. O alerta foi dado por uma testemunha que viu uma mulher sair da água, em pânico e em avançado estado de hipotermia, a afirmar que as suas duas filhas estavam dentro de água.
A criança de 19 meses foi resgatada e alvo de tentativa de reanimação, mas sem sucesso.
A mãe foi internada no Hospital de Santa Maria e, na quarta-feira, foi detida pela Polícia Judiciária e presente a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal de Cascais, que decretou a sua prisão preventiva por suspeita de duplo homicídio qualificado.
Em declarações à agência Lusa, fonte da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco da Amadora adiantou, na terça-feira, que a família estava sinalizada e que a mulher tinha apresentado queixa em novembro na polícia por violência doméstica e suspeita de abusos do pai às meninas.
O homem já recusou publicamente as acusações.