Foi encontrado o corpo da criança de quatro anos que se afogou em Caxias na segunda-feira passada, confirmou o Observador junto da Polícia Marítima. Para já, ainda não está oficialmente confirmado que seja o corpo de Samira, mas o comandante Malaquias Domingues, da capitania do Porto de Lisboa, está convicto de que se trata da menina desaparecida na semana passada.
O corpo foi encontrado às 9h45 por dois homens que andavam a passear pela praia de Caxias e deram o alerta aos agentes da Polícia Marítima presentes no local. O cadáver estava na zona de rebentação, não muito longe do local onde a irmã foi localizada. Este domingo era o último dia de buscas, que só deverão ser definitivamente suspensas depois de se confirmar a identidade da criança.
Em declarações aos jornalistas presentes no local, o comandante Fontes Domingues, da Polícia Marítima, explicou que, quando há este tipo de situações, “a cada minuto que passa o grau de probabilidade de aparecer na área vai diminuindo”, pelo que é necessária “uma exponenciação da área de busca”. Segundo este responsável, demorou-se muitos dias a encontrar o corpo porque só agora é que este começou a flutuar. “Tudo indica que a criança possa ter falecido por afogamento. Há a teoria de que, nestas circunstâncias, nos primeiros quatro, cinco, seis dias há um afundamento e que depois ganha flutuabilidade positiva e aí a natureza devolve o corpo”, disse.
Samira caiu ao rio Tejo juntamente com a mãe, Sónia, e a irmã, Viviane, de apenas 18 meses, que foi encontrada logo na segunda-feira. Sónia Lima está atualmente em prisão preventiva, suspeita de ter assassinado as filhas.
O funeral de Viviane realiza-se esta tarde em Rio de Mouro, no concelho de Sintra, e o pai da criança pediu proteção policial durante a cerimónia, uma vez que é suspeito de ter exercido violência verbal, física e sexual contra Sónia e contra as filhas. Nélson Ramos nega essas acusações, mas está com a medida de coação de termo de identidade e residência.