Donald Trump tem sido polémico por variados assuntos. O candidato republicano quer expulsar imigrantes dos Estados Unidos e criar um muro entre os Estados Unidos e o México, mas não foram só essas as palavras que levaram dois ex-presidentes mexicanos a compará-lo a Adolf Hitler. Para Vicent Fox, o que diz Trump é uma política de guerra e conflito que faz com que haja semelhanças com o ditador alemão. Filipe Calderón acusa Trump de explorar os medos sociais.

“Ele vai levar esta nação de volta aos antigos tempos de conflito, guerra e tudo. Quero dizer que ele faz-me lembrar Hitler. Foi assim que ele começou a falar”, disse Vicent Fox à CNN.

A troca de acusações entre o candidato às primárias republicanas e ex-responsáveis mexicanos não vem de hoje, sobretudo pela política agressiva anti-imigração de Trump. Já no sábado, o ex-presidente Filipe Calderón, do conservador Partido de Ação Nacional e Presidente do México entre 2006 e 2012, considerou que Trump está a alimentar o antiamericanismo em todo o mundo e que o discurso anti-imigração do milionário é direcionado para “os migrantes que têm uma cor diferente da dele”. “E isso é francamente racista”, disse a jornalistas na Cidade do México. Para o antigo Presidente mexicano, Trump está a explorar os medos sociais como “o próprio Hitler fez no seu tempo”.

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Este domingo foi a vez de Vicente Fox rebater os argumentos do americano. Disse Fox que Trump “ofende o México, os mexicanos e imigrantes”. Mas continuou: “Ofendeu o Papa. Ofendeu os chineses. Ofende toda a gente”, disse.

A polémica tem ainda outros episódios. O mesmo antigo responsável mexicano respondeu à ideia de Trump de criar um muro de separação entre os Estados Unidos e o México.

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O atual Presidência do México, liderada por Enrique Pena Nieto, já considerou os comentários de Trump “preconceituosos e absurdos”. Na quinta-feira, durante uma visita ao México, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, considerou que a mensagem de alguns candidatos às eleições norte-americanas deste ano é “perigosa” e causa danos, mas considerou que o atual episódio de “xenofobia” vai passar.