No início do século XX, o estilo curvilíneo da Arte Nova inundou todas as ruas da maioria das cidades europeias. Considerada uma “arte total”, por abraçar todos os géneros artísticos, desde a arquitetura à joalharia, a Arte Nova nasceu no final do século XIX, como reação à arte académica desse século. Os artistas que seguiam esta corrente defendiam que a criação devia ser um estilo de vida e que devia estar presente em todos os aspetos do dia-a-dia, desde o mobiliário aos talheres.

Inspirado por formas e estruturas que são encontradas na natureza, a Arte Nova que floresceu na Europa no início do século XX seguiu duas correntes principais: a decoração excessiva e cheia de curvas de Paris e Bruxelas e o estilo geométrico de Viena e Glasgow. Já na Europa do Leste, cidades como Praga e Budapeste procuraram fundir as características fundamentais do estilo com as tradições locais. Muitos destes edifícios podem ser vistos ainda hoje, apesar da onda de demolição que atacou muitas construções no último século.

Apesar do período da arte nova ter sido relativamente curto, e do estilo ter desaparecido nas primeiras décadas do século XX com o início da Primeira Guerra Mundial e a chegada das correntes modernistas, é considerada uma transição importante entre os estilos revivalistas do século XIX e o Modernismo.

Por esse motivo, o jornal britânico The Guardian selecionou dez cidades europeias onde a Arte Nova deixou a sua uma marca. Um desses destinos é Aveiro, uma “cidade flutuante cheia de Arte Nova”, com telhados pálidos, varandas em ferro e molduras florais. O Museu de Arte Nova, na Casa Major Pessoa, e o seu salão de chá são de passagem obrigatória. O jornal fala de uma “riqueza trazida pelos emigrantes que voltaram do Brasil no final do século XIX”, a mesma que levou à construção de casas “extravagantes”. O Guardian aproveita e dá conselhos aos que fazem planos de viajar até Aveiro. Entre as dicas, sugere “um passeio nos moliceiros até ao Rossio” e os ovos moles, para provar de preferência numa das “varandas em ferro forjado”.

Veja na fotogaleria em cima os outros nove destinos escolhidos pelo jornal.

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