A ponte militar que vai ligar a autoestrada A14 à EN 111 na zona de Maiorca, Figueira da Foz, começou esta quinta-feira a ser instalada e deverá estar concluída até final da próxima semana, disse fonte do Exército.
Ao longo do dia decorreram trabalhos de construção de um aterro junto à EN 111 para nivelar aquela via com a autoestrada A14, a partir do qual a ponte será construída por 25 militares, apoiados por nove viaturas.
“É uma ponte metálica de última geração e grande capacidade de carga, muito pesada, daí também o seu tempo de construção ser maior”, disse à agência Lusa o capitão Pedro Coelho, da Companhia de Pontes do Regimento de Engenharia n.º 1 do Exército português.
A estrutura tem cerca de 55 metros de comprimento, 4,2 metros de faixa de rodagem (com circulação alternada) e uma capacidade de carga de 40 toneladas e vai ligar a autoestrada A14 à EN 111 por cima da chamada Vala Real, na zona do nó de Santa Eulália, junto às chamadas pontes de Maiorca.
Pedro Coelho explicou ainda que a ponte – uma das várias que o Exército possui, quer para missões táticas, quer para apoio logístico – não possui um limite de viaturas diárias que a podem atravessar mas tem restrições ao nível da velocidade de circulação (limitada a 20 km por hora), estando ainda por definir a distância que os veículos terão de observar entre si, particularmente os veículos pesados, durante a travessia.
O responsável do Exército disse ainda que o prazo previsível de montagem é de sete dias e a ponte deverá estar operacional no final da próxima semana.
Já Franco Caruso, diretor de comunicação da concessionária Brisa, destacou a “capacidade de colaboração” entre a empresa, a autarquia local, a Autoridade Nacional de Proteção Civil e o Exército português, numa solução que responda “às necessidades de ligação entre a Figueira da Foz e Coimbra”.
A A14 está interdita à circulação automóvel, na zona de Maiorca, concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra, desde as 08h30 de domingo, na sequência de um aluimento do piso.
De acordo com a Brisa a reparação deverá demorar seis a sete semanas, mas o secretário de Estado das Infraestruturas, que na terça-feira visitou o local, alargou esse prazo para sete a nove semanas, mais de dois meses.
A EN111, que deveria funcionar como “alternativa natural” à autoestrada A14 está também interrompida ao trânsito, nos dois sentidos, devido a obras na zona das Pontes de Maiorca (onde a ponte militar irá ser instalada), estando o tráfego entre a Figueira da Foz e Coimbra a processar-se por vias secundárias.