O escritório de advogados Mossak Fonseca, no centro do escândalo dos Papéis do Panamá, anunciou hoje que vai processar judicialmente o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação por ter divulgado a sua base de dados.

“Como empresa responsável e que respeita a liberdade de imprensa, temos tentado comunicar para evitar uma ação judicial. No entanto, o consórcio obriga-nos a iniciar ações legais para nos protegermos daqueles atos”, refere, em comunicado, a empresa.

Uma investigação realizada por uma centena de jornais em todo o mundo sobre 11,5 milhões de documentos revelou bens em paraísos fiscais de 140 responsáveis políticos ou personalidades públicas.

O conjunto de documentos, denominados “Papéis do Panamá”, provém da empresa de advogados panamiana Mossack Fonseca.

Segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que reuniu para este trabalho 370 jornalistas de mais de 70 países, mais de 214.000 entidades ‘offshore’ estão envolvidas em operações financeiras em mais de 200 países e territórios em todo o mundo.

O consórcio divulgou segunda-feira na sua página da Internet a totalidade dos documentos a que teve acesso, permitindo que as pessoas consultem a documentação.

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