A última conferência de imprensa de Jorge Jesus desta época voltou a ficar marcada pelas trocas de palavras entre o treinador do Sporting e o treinador do Benfica, que duraram toda a temporada.

À pergunta sobre se Jorge Jesus quereria retratar-se de alguma coisa que tenha dito sobre Rui Vitória, Jesus devolveu: “Eu tenho de me retratar de quê? Não estou a perceber a sua pergunta”. E parecia que o assunto ia ficar por ali. Mas não.

Quando o jornalista do Record o questionou sobre o facto de ter recebido o prémio, atribuído pelo desportivo, de melhor treinador da época, Jorge Jesus respondeu assim:

Estou habituado, é normal, nem sei o que hei-de dizer. A gente vê a equipa do Sporting jogar, vê a equipa do Benfica jogar, temos muita criatividade deixamos muita coisa onde outros vão buscar as nossas ideias. Portanto eu crio, outros copiam, por isso é que eu ganho [o prémio de melhor treinador].”

Jorge Jesus salientou que é normal haver alguma animosidade por parte dos benfiquistas. “Fui o treinador mais vencedor, com onze títulos em seis anos, e isso é que vai ficar para a história. Saí de um rival para o outro e é normal que as pessoas de onde eu saí não gostassem.”

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Quanto à continuidade no Sporting, descansou os adeptos: “Tenho mais dois anos de contrato, a partir daqui penso que está tudo dito”.

O título não chegou, mas o balanço é positivo.

Fazemos um balanço muito positivo. Chegar a um clube e em dez meses transformar isto tudo não é para todos… Estamos a falar de futebol, porque quem transformou o resto foi o presidente.”

Do lado dos perdedores, Octávio Machado também mostrou a sua revolta ainda no estádio do Sp. Braga. Octávio lembrou que “já houve o Calabote noutros tempos” e sugeriu que fosse dada a camisola do 35º campeonato do Benfica a Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem. Porque as nomeações dos últimos jogos “foram uma vergonha”, disse.