Há muitos motivos para ainda não ter reservado as suas férias, incluindo as justificações que se prendem com a disponibilidade financeira. Porém, marcar agora os voos e o hotel para uma semana de descanso no próximo mês de julho não tem de ficar obrigatoriamente muito caro. O Observador analisou os custos de transporte, estadia e alimentação para 54 destinos populares para lhe dizer quais são os mais económicos para os viajantes de última hora.
Estimámos o custo de uma viagem entre os dias 19 e 25 de julho. Pesquisámos os voos mais mais baratos para a cidade servida pelo aeroporto de cada país com mais tráfego internacional ou para a capital. Usámos o motor de pesquisa do Skyscanner. Calculámos a média do custo de cinco noites em cinco hotéis de quatro estrelas na mesma cidade. A pesquisa usou o comparador Trivago, filtrando pelos hotéis com classificação mais alta e, sempre que possível, a cinco quilómetros do centro da cidade.
Para somar as despesas alimentares, aplicámos o índice Big Mac: um estudo da revista The Economist que colige os preços mundiais dos hambúrgueres da McDonald’s. Nas simulações, assumimos uma despesa por refeição equivalente a cinco vezes o preço local de um Big Mac. Em Portugal, as refeições ficariam em 15 euros. Não recomendamos que os turistas comam unicamente hambúrgueres. Os Big Mac são apenas uma referência para a despesa em restaurantes.
Os cálculos foram efetuados na passada quinta-feira. Os preços e as taxas cambiais podem mudar rapidamente, por isso, se estiver interessado, apresse-se a reservar.
Europa
A proximidade dos destinos europeus reduz os custos de transporte nas férias. Quem tem o orçamento mais apertado deve preferir descansar na Europa.
Madrid, Espanha
Os bilhetes de avião são um dos maiores custos dos veraneantes que usam este meio de transporte para sair de Portugal. É por isso que Madrid, a capital mais próxima dos país, figura na primeira posição dos destinos mais económicos: as passagens aéreas para a capital espanhola custam metade das para Paris, o segundo destino para onde os bilhetes são mais baratos na terceira semana de julho. Voar pela Ryanair até Madrid e regressar ao Porto pode custar menos de 60 euros.
Varsóvia, Polónia
Varsóvia tem os hotéis mais baratos entre os 54 destinos analisados pelo Observador. Cerca de 56 euros são suficientes para passar uma noite num quarto duplo num hotel de quatro estrelas próximo do centro da cidade. As refeições na capital polaca são cerca de 25% mais baratas do que em Portugal. Varsóvia pode ser um trampolim para conhecer Cracóvia, a 300 quilómetros, e o litoral de Gdansk, 40 quilómetros mais longe.
Bruxelas, Bélgica
O preço dos voos para Bruxelas só é batido pelo custo das viagens áreas para Madrid e Paris. A despesa de estadia na capital da Bélgica é também das mais baixas: entre as dez cidades nesta lista, é a terceira mais económica, apenas atrás de Varsóvia e Joanesburgo. Após os atentados de março na cidade, Bruxelas, bem como o resto do país, está num nível de alerta 3 numa escala que vai até 4.
Kiev, Ucrânia
Tal como Bruxelas, Kiev pode ser considerado um destino para os mais audazes. “A atual situação de crise política nas regiões a leste e sudoeste da Ucrânia que envolvem confrontos armados entre os separatistas e as forças armadas governamentais desaconselham quaisquer deslocações não essenciais a estas regiões da Ucrânia”, avisa a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Kiev é onde se pode comer o Big Mac mais barato: custa 36 grívnias ucranianas, cerca de 1,27 euros.
Praga, República Checa
Praga não é particularmente barata ao nível dos voos, estadia e restauração. Todavia, estes três elementos combinados colocam a capital checa na quinta posição desta lista de destinos económicos para visitar na terceira semana do próximo julho. A estabilidade da coroa checa face ao euro deverá manter-se.
Moscovo, Rússia
O rublo é o motivo por que Moscovo está na segunda posição desta lista de destinos económicos. Um Big Mac junto ao Kremlin custa 114 rublos, segundo a revista The Economist, o equivalente a 1,53 euros, praticamente metade do preço em Portugal. Os voos de ida e volta de Lisboa para o aeroporto de Domodedovo, a 50 quilómetros do Kremlin, custam perto de 280 euros, fazendo escala em Munique ou Viena.
Taline, Estónia
Assim como no caso de Praga, Taline não é especialmente barata para quem deseja visitá-la na terceira semana de julho. No entanto, combinando os custos de deslocação, alimentação e dormida, a capital da Estónia coloca-se na sétima posição dos destinos mais económicos para quem se atrasou a reservas as férias de julho.
Fora da Europa
O custo de voar para fora da Europa é mais elevado, mas é, muitas vezes, compensado pelas reduzidas despesas em restauração e estadia.
Joanesburgo, África do Sul
O mínimo que se paga agora para ir e vir a Joanesburgo é de 420 euros via Luanda, em Angola. Não está entre as passagens aéreas mais económicas. No entanto, o preço mais alto dos voos são compensados por faturas reduzidas nos restaurantes (cerca de 50% mais baratos do que em Lisboa) e nos hotéis (os quintos mais baratos entre as 54 cidades analisadas).