Sindicatos e representantes dos trabalhadores de empresas públicas de transportes agendaram esta quinta-feira para setembro a realização de 15 dias de luta contra a degradação do serviço público no setor, informou fonte sindical.

Dirigentes e delegados sindicais e membros das comissões de trabalhadores das empresas públicas de transportes participaram esta quinta-feira num plenário, durante o qual decidiram “desenvolver, ente 12 e 23 de setembro, uma quinzena de agitação que envolva trabalhadores e utentes”, revelou à Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

De acordo com o dirigente sindical, as ações a realizar vão “partir das realidades concretas de cada empresa” e serão brevemente “calendarizadas e arrumadas”, não estando “posto de lado que possa, numa ou noutra empresa, haver entrega de pré-aviso de greve”.

No plenário, os representantes dos trabalhadores aprovaram também um documento – já enviado ao primeiro-ministro, António Costa – que alerta para a degradação do serviço público de transportes, sob o lema “Trabalhadores e utentes querem respostas urgentes”.

“Quem anda de Metro, quem anda de comboio, de autocarro ou de barco é sistematicamente confrontado com um pedido de desculpa, porque há supressão de serviços ou porque não há trabalhadores, ou há avarias ou outros incidentes. E isso preocupa-nos, tendo em conta que queremos empresas públicas a prestar um serviço público de qualidade”, salientou José Manuel Oliveira.

No encontro participaram representantes da transportadora Carris, do Metropolitano de Lisboa, da Soflusa, da Transtejo, do setor ferroviário (CP, EMEF e Infraestruturas de Portugal) e também do setor aéreo, mais especificamente representantes de trabalhadores do serviço de ‘handling’, afirmou o sindicalista.

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