O ministro das Finanças pediu à administração demissionária da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para ficar à frente do banco até 31 de agosto. Numa reunião, que ocorreu esta quinta-feira, a administração terá aceitado o prolongamento do mandato por mais um mês, confirmou o banco em comunicado enviado ao regulador do mercado (a CMVM).

O pedido foi feito por Mário Centeno na semana passada, numa reunião com a administração do banco, que aceitou analisar o pedido, mas apenas se fosse apresentado por escrito. Este primeiro pedido previa que a administração ficasse, pelo menos, até 15 de agosto. O Governo acabou por formalizar o pedido esta quarta-feira, pedindo ainda mais 15 dias, até 31 de agosto.

“Atendendo ao papel central da Caixa Geral de Depósitos, como esteio do sistema bancário português, o Conselho de Administração examinou e ponderou os vários argumentos, tendo comunicado ao Senhor Ministro das Finanças a sua anuência para assegurar funções pelo estrito período de tempo que lhe foi solicitado para ser finalizada a sucessão”, escreve a administração da CGD.

A futura equipa de gestão da Caixa, que vai ser liderada por António Domingues, ainda não recebeu a aprovação do Banco Central Europeu, o que está a deixar o banco num impasse.

Centeno disse que pedia à Caixa o alargamento do período “na convicção de que o conselho está na disposição de manter a atitude de cooperação e o espírito de missão em prol do interesse público demonstrado”.

A administração de José de Matos renunciou à liderança da Caixa Geral de Depósitos no dia 21 de junho e deveria abandonar definitivamente a instituição no próximo dia 31 de julho.

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