“Está-se a trabalhar”. Foi a primeira resposta de Paulo Macedo aos jornalistas quando questionado sobre a sua nomeação para a presidência da Caixa Geral de Depósitos esta segunda-feira.

Nas primeiras declarações públicas após ter sido indicado para o cargo, o ex-ministro da Saúde reconheceu que se trata de “um processo que é complexo, há o objetivo de constituir uma equipa e estamos a fazer isso”. E sublinha que “não vale a pena andar a alimentar nomes e curiosidades, porque a Caixa precisa de desenvolver o seu trabalho e pôr em prática o plano que está aprovado”. E “é nisso que nos devemos concentrar”, sublinhou. O gestor deixa assim a mensagem de que está disposto a prosseguir com o plano de recapitalização e reestruturação desenhado pelo seu antecessor, António Domingues, que renunciou ao cargo há pouco mais de uma semana.

Para Paulo Macedo, é sempre positivo quando o trabalho é reconhecido, a propósito dos elogios que recebeu quando foi conhecida a sua indicação para liderar o banco do Estado, confirmada na sexta-feira pelo Ministério das Finanças. Mas assinalou que não se ouviram só opiniões positivas, “também se ouviram outras que são críticas”.

Apesar de perceber a questão noticiosa, o interesse e curiosidade em redor do tema, Macedo considera que o que há para dizer é que “está-se a trabalhar”. E quando houver coisas concretas, serão comunicadas, acrescenta. Uma das matérias que ainda tem de ser desenvolvida é a escolha do resto da equipa que vai constituir a administração da Caixa. O Governo nomeou Paulo Macedo presidente executivo e Rui Vilar presidente não executivo.

As palavras de Macedo foram proferidas à margem da Conferência Internacional: Corrupção, um Combate para Todos, uma iniciativa da Procuradoria Geral da República que se realiza na Fundação Gulbenkian esta segunda-feira. O futuro presidente da CGD foi o moderador do painel os “Custos da Corrupção”, ainda como administrador da Ocidental e professor convidado da Universidade de Lisboa.

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